A fabricante de chips Intel está considerando participar do cenário de consolidação do mercado de semicondutores – entre as possibilidades, a empresa avalia fazer uma oferta para adquirir a companhia Broadcom, de Singapura, noticiou ontem o jornal americano The Wall Street Journal, citando fontes familiarizadas com o assunto.
No momento, a Broadcom está envolvida em negociações para adquirir a americana Qualcomm, uma das líderes do mercado de chips para smartphones – o conselho administrativo da Qualcomm, no entanto, têm lutado para elevar o valor das propostas, que hoje giram na casa dos US$ 110 bilhões.
Se concretizada, a operação faria da Broadcom a maior fabricante de semicondutores do mundo e ameaçaria a posição da Intel, que perdeu recentemente o topo do mercado para a sul-coreana Samsung.
De acordo com o jornal, a Intel só faria uma proposta pela Broadcom caso a negociação acontecesse – de outra forma, sua posição no mercado não estaria ameaçada. No momento, no entanto, ainda não há prazo definido para que a negociação entre Broadcom e Qualcomm se defina – a empresa de Singapura vai se dedicar nas próximas semanas a convencer autoridades regulatórias de que a operação não apresenta.
Procurada, a Intel negou comentar o assunto. “Temos feito aquisições importantes nos últimos meses e nosso foco está em integrar empresas como [empresa de carros autônomos] Mobileye e [a fabricante de semicondutores] Altera à nossa estrutura”, disse uma porta-voz da empresa à emissora norte-americana CNBC.