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Mark Zuckerberg pode ser indiciado em inquérito sobre privacidade, diz jornal

Investigação feita pela FTC envolve presidente executivo do Facebook, disseram fontes próximas ao assunto ao 'Washington Post'; atitude seria símbolo de 'nova era' entre autoridade regulatória e gigantes de tecnologia

Por Redação Link
Atualização:
Mark Zuckerberg é presidente executivo do Facebook Foto: REUTERS/Leah Millis

O presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, pode ser indiciado individualmente após a conclusão de uma investigação da Comissão Federal do Comércio dos EUA (FTC, na sigla em inglês), disseram fontes ao jornal americano The Washington Post

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Segundo a publicação, a FTC passou a investigar declarações e atos de Zuckerberg e como ele pode ser culpado por falhas de privacidade da rede social – o inquérito da autoridade regulatória foi iniciado no ano passado, depois da eclosão do caso Cambridge Analytica. Desde março de 2018, a FTC tenta descobrir se o Facebook rompeu um acordo feito em 2011 com a autoridade, que pregava que a rede social não desrespeitaria a privacidade dos usuários. 

De acordo com o texto do Washington Post, a possibilidade de indicar Zuckerberg individualmente poderia criar problemas legais, políticos e de imagem para um dos principais líderes do Vale do Silício. A reportagem diz ainda que a investigação da FCC está próxima de ser concluída, uma vez que as fontes alegam que a autoridade já negocia com o Facebook multas e penas cabíveis para o caso. 

Normalmente, a FTC não indicia executivos em casos nos quais descobre falhas de privacidade cometidas por empresas. No entanto, para analistas, indicar Zuckerberg pode mandar uma mensagem para as gigantes de tecnologia. "Os dias de fingir que o Facebook é uma plataforma inocente estão perto de acabar", disse Roger McNamee, investidor inicial do Facebook, ao Washington Post. "Citar Mark Zuckerberg em uma ação como essas pode mudar muito o jogo." 

Em momentos anteriores, Zuckerberg chegou a chamar para si a responsabilidade pelos problemas do Facebook. "Eu criei o Facebook, eu o conduzo e eu sou responsável pelo que acontece nele", disse o executivo, diante de congressistas americanos em abril do ano passado. 

Questionado sobre o assunto pelo Washington Post, o Facebook diz apenas que espera que a investigação "chegue a um final apropriado e justo". Já a FTC se negou a comentar a reportagem. 

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