PUBLICIDADE

Investimentos de empresas em TI ficam estáveis em 2015

Atenção das empresas com tecnologia não cresceu pela primeira vez desde o início da pesquisa da FGV, em 1989.

Por Bruno Capelas
Atualização:

Clayton de Souza/Estadão

 Foto:

PUBLICIDADE

Apesar da crise, o investimento das empresas em tecnologia da informação (TI) ficou estável em 2015, em 7,6% do faturamento líquido. Segundo a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP), realizada com 8 mil grandes e médias empresas e 2,5 mil respostas válidas, os bancos lideraram os investimentos, com 14% de seu lucro líquido. Logo atrás, estão o setor de serviços (com 10,9%), indústria (4,6%) e comércio (com 3,5%).

Leia também:Brasil chega a 168 milhões de smartphones em uso

Para o professor Fernando Meirelles, o resultado é notável, mesmo sendo a primeira vez que os gastos não crescem desde 1989, quando a pesquisa foi iniciada. “Minha primeira impressão é de que os gastos iriam cair, mas isso não aconteceu. O gasto nominal caiu, porque o faturamento e o PIB caíram, mas não o gasto proporcional”, diz o pesquisador.

Hoje, a média dos gastos e investimentos das empresas brasileiras com TI está à frente de regiões como América Latina (6%) e Ásia (4%), mas atrás dos Estados Unidos (12%) e da Europa (8%). Já o custo anual por usuário – que considera os gastos e investimentos das empresas dividido pelo número de funcionários que usam algum tipo de tecnologia – chegou a R$ 34,1 mil em 2015, alta de 17,2% em relação a 2014.

Retorno. A pesquisa também revelou um dado significativo sobre o investimento em tecnologia na indústria. Para cada 1% a mais de gastos e investimentos em TI feito por empresas de capital aberto do setor, houve crescimento de 7% nos lucros após dois anos. “Esse dado é uma amostra de que hoje, as empresas não conseguem vender nem produzir sem a tecnologia”, avalia Meirelles.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.