Presidente executivo do comércio eletrônico Amazon e da empresa de viagens espaciais Blue Origin,Jeff Bezosrevelou nesta segunda-feira, 12, um foguete reutilizável, capaz de transportar cargas pesadas. O veículo deverá competir com a SpaceX, de Elon Musk, e com outras empresas de lançamentos de satélites comerciais antes do fim da década.
A Blue Origin, empresa espacial de propriedade de Bezos sediada em Kent, Washington, está projetando duas versões do foguete, que deverá ser chamado de New Glenn — uma referência direta a John Glenn, o primeiro norte-americano a orbitar a Terra e o último membro sobrevivente dos astronautas da missão Mercury Seven, da Nasa.
"O New Glenn é projetado para lançar satélites comerciais e enviar pessoas ao espaço", disse Bezos, em comunicado enviado à Reuters por e-mail nesta segunda-feira.
Ambas versões do New Glenn usarão uma plataforma impulsionada por sete motores movidos a metano BE-4. A empresa já está construindo um local de lançamentos e instalação de testes na Estação da Força Aérea dos EUA em Cabo Canaveral,na Flórida, e uma fábrica de foguetes no Centro Espacial Kennedy, da Nasa.
Cliente final. A Blue Origin também deverá começar a testar um foguete menor e reutilizável chamado New Shepard, que deverá transportar passageiros a uma altitude de cerca de 100 km. Assim, pessoas comuns — e que possam pagar a viagem — poderão experimentar alguns minutos de microgravidade e ver a Terra diretamente do espaço.
A companhia ainda não começou a vender passagens para as viagens espaciais. Entretanto, se os voos de testes continuarem como o esperado, os pilotos da Blue Origin poderão começar a voar no próximo ano e, em 2018, a empresa já poderá operar com passageiros.
Competição. O principal concorrente da Blue Origin neste mercado é a SpaceX, de Elon Musk — presidente executivo da Tesla Motors. Até agora, a companhia de Musk já conseguiu realizar decolagens com foguetes em seus ocasiões, sendo duas vezes em solo e quatro vezes em uma plataforma flutuante no oceano.
O sétimo pouso estava programado para o começo de setembro. Entretanto, o foguete foi destruído durante um teste de rotina dois dias antes da decolagem.