Mark Zuckerberg vai depor no Congresso dos EUA sobre moeda digital no dia 23

Executivo será a única testemunha de painel focado na libra, iniciativa de criptomoeda capitaneada pela empresa; deputados já pediram por pausa em projeto até entendimento de implicações

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Por Redação Link
Atualização:
A rede social Facebook já é investigadapor um grupo de estados americanos Foto: Philippe Wojazer/Reuters

O presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, voltará a depor no Congresso dos Estados Unidos no próximo dia 23 de outubro. Dessa vez, o tema não será privacidade, mas sim a moeda digital libra, que a rede social pretende lançar no ano que vem. Zuckerberg será o único convidado de uma sessão do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados e terá a missão de explicar os planos de sua empresa com a criptomoeda. 

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O painel será uma oportunidade rara para ver como Zuckerberg se comporta em público – a última foi em abril do ano passado, quando o executivo testemunhou durante 10 horas perante dois comitês do Congresso americano. Além de falar sobre a libra, é possível que Zuckerberg também aproveite a ocasião para falar sobre as investigações de antitruste feitas sobre sua empresa por autoridades regulatórias. "Mark espera responder às questões do Comitê do Congresso no depoimento", disse um porta-voz do Facebook à rede americana CNBC. 

Presidente do Comitê, a deputada democrata Maxine Waters já havia pedido anteriormente que o Facebook pause o desenvolvimento da libra até que os políticos consigam compreender suas implicações. Depois que o Facebook desistiu de cessar a criação da moeda, ela mostrou descontentamento com a intenção de David Marcus, chefe da libra no Facebook, de se comprometer em adiar os planos da empresa. 

Waters não está sozinha: os ministros da Fazenda da Alemanha e da França já se posicionaram contra a moeda. Um dos apoiadores originais do projeto, o PayPal, que já inclusive foi liderado por David Marcus, se retirou do projeto na semana passada. Outras empresas, como Visa e Mastercard, também consideram sair da Libra Association, entidade que supervisiona a libra, reportou na semana passada o jornal americano The Wall Stret Journal. 

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