PUBLICIDADE

Mercado de PCs no Brasil tem pior venda trimestral em 10 anos

Apenas 1,6 milhão de computadores foram vendidos entre julho e setembro; segundo IDC Brasil, vendas são as piores da última década

Por Bruno Capelas
Atualização:

Reuters

 

PUBLICIDADE

O 3º trimestre de 2015 registrou a menor venda de computadores nos últimos dez anos no Brasil. Segundo dados da consultoria IDC Brasil, apenas 1,6 milhão de computadores foram comercializados no período. É o pior desempenho trimestral em volume de vendas da última década – volume só não é menor que o do 2º trimestre de 2005, quando foram vendidos 1,5 milhão de PCs. Do total de equipamentos vendidos, 993 mil foram notebooks e 607 mil desktops. O mercado também registrou queda de 37% nas vendas, em comparação com o mesmo período de 2014.

Leia também:Lei do Bem pode voltar a valer em 2019Crise e dólar alto vão frustrar Natal da tecnologia

“O resultado das vendas está de acordo com nossas projeções e reflete a situação econômica e política do País”, disse Pedro Hagge, analista de pesquisas da IDC Brasil, em comunicado à imprensa. Para o analista, além da crise e do dólar, que impactam fortemente a compra desse tipo de equipamentos, a situação da própria indústria de computadores é um fator para a queda – desde 2012 o setor tem registrado retração nas vendas.

“Até 2012 o PC era praticamente o único equipamento que permitia acesso à internet. Hoje temos outros dispositivos e a vida útil das máquinas praticamente dobrou”, explicou Hagge, em referência à rivalidade do setor com smartphones e tablets na preferência dos brasileiros.

Até o final do ano, a IDC Brasil projeta queda de 37% nas vendas (com 6,5 milhões de PCs vendidos em toda a temporada), alta de 39% no ticket médio e queda de aproximadamente 12% na receita. Em relação a 2016, o mercado será diretamente impactado por conta do fim da Lei do Bem. Segundo o analista da IDC Brasil, “na comparação com os outros dispositivos, certamente o PC será o mais afetado pelo fim da medida provisória”.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.