O Mercado Livre deve investir cerca de US$ 2 bilhões em 2019 como parte dos esforços para otimizar a estrutura logística e ampliar a oferta de serviços de seu braço financeiro, o Mercado Pago. As informações foram concedidas pelos executivos da companhia à agência de notícias Reuters nesta terça-feira, 26.
O montante, que inclui despesas com a estrutura do negócio, expansão física e do volume de produtos, expressa o desejo da maior empresa de comércio eletrônico da América Latina em seguir crescendo o dobro da média do mercado, enquanto avança em produtos bancários no Brasil.
Para isso, a startup tem focado em fazer investimentos: em 2018, por exemplo, o Mercado Livre investiu cerca de US$ 1,5 bilhão.
“Nosso foco para os próximos trimestres segue sendo ganhar participação de mercado”, disse Pedro Arnt, vice-presidente de finanças e de relações com investidores da companhia. A companhia fechou o ano passado com quase 2,5 milhões de usuários ativos da carteira digital.
Em seu balanço comercial anunciado nesta terça-feira, 26, o Mercado Livre mostrou uma receita líquida de US$ 428 milhões no quarto trimestre, alta de 19,5% contra o ano anterior. As receitas do marketplace aumentaram 13,5 % ano enquanto as outras tiveram crescimento de 27%.
Segundo Arnt, o menor crescimento do marketplace em relação ao do Mercado Pago reflete tanto a base de comparação mais forte quanto a revisão na política de subsídios, já que a empresa passou a cobrar uma taxa para compras de valores muito baixos.
“Estamos revisando a política de subsídios para que eles tenham resultados mais efetivos”, disse Arnt.
O lucro bruto da companhia somou US$ 204,8 milhões de outubro a dezembro, com queda de nove pontos percentuais da margem, a 47,8 por cento. O prejuízo líquido do Mercado Livre antes dos impostos foi de US$ 6,8 milhões, resultado negativo 89,5% maior em relação a um ano antes.
