Maior fabricante de computadores pessoais do mundo em volume de vendas, a Lenovo voltou a ter lucro no período entre julho e setembro de 2016, mesmo com seu principal mercado seguindo a tendência de queda nas vendas.
Ao todo, o lucro foi de US$ 157 milhões, ante prejuízo de US$ 714 milhões no mesmo período do ano passado – na época, pesou para a empresa o custo de integração das operações da Motorola. Nesse último trimestre, no entanto, o principal motivo para os bons resultados vieram da venda de US$ 206 milhões em ativos imobiliários da empresa na China.
Com participação global de 21,3% no mercado mundial de PCs, segundo a consultoria IDC, a Lenovo viu sua vantagem para a vice-líder HP ser reduzida para o menor nível desde que a chinesa assumiu a liderança do mercado, em 2013.
"No curto prazo, as condições continuam desafiadoras", disse o presidente-executivo, Yang Yuanqing, em comunicado à bolsa de Hong Kong. A Lenovo pretende manter a liderança da indústria de PCs por meio de consolidação enquanto avança sua base de dispositivos móveis e centrais de processamento de dados, disse o executivo.
Segundo a empresa, houve queda de 3% nas vendas ao varejo de PCs na primeira metade de seu ano fiscal (abril a setembro), enquanto o mercado global teve queda de 4%.
No aspecto geral, a receita da empresa caiu 8%, para US$ 11,2 bilhões. A receita da unidade de PCs caiu 8%, enquanto a unidade de dispositivos móveis (celulares e tablets) caiu 10%; já a de data centers, 4%.