Metade dos bilionários de tecnologia do mundo mora no Vale do Silício, diz pesquisa

Relatório da Wealth-X mostra que 74 dos 143 bilionários do ramo moram na região; o patrimônio líquido médio é de US$ 6 bilhões

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Por Redação Link
Atualização:
Mark Zuckerberg é presidente do Facebook Foto: Mariana Bazo/Reuters

O novo relatório sobre as pessoas mais ricas do mundo feito pela empresa de pesquisa de mercado Wealth-X indica que a metade dos bilionários de tecnologia do mundo mora no Vale do Silício. Segundo a pesquisa, na região moram 74 dos 143 bilionários do ramo, cada um deles com um patrimônio líquido médio de US$ 6 bilhões.

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A região é considerada uma loteria porque apesar de ser um local onde jovens ambiciosos ganham milhões outros perdem tudo em questão de meses. Isso porque, para dar certo no mercado de startup, diz o estudo, é necessário que o empreendedor tenha uma ótima ideia, apresente no momento certo e, claro, tenha bastante sorte.

"A quantidade de bilionários é distorcida pelas enormes fortunas acumuladas por um número muito pequeno de indivíduos” diz o relatório ao lembrar que “seis das dez pessoas mais ricas do mundo tiraram a maior parte de sua riqueza do setor de tecnologia”.

O relatório destacou ainda que as baixas barreiras de entrada, a alta capacidade de inovação e o crescimento da demanda global por soluções tecnológicas tem feito crescer o número de bilionários nesse setor.

Isso também explica o aumento na quantidade de bilionários que moram no Vale do Silício. O último registro, feito em 2016, indicava a existência de 60 bilionários na região. Com o acréscimo, o Vale do Silício se tornou o terceiro lugar do mundo em número de bilionários, passando de Moscou e Londres, que respectivamente possuem 69 e 62 bilionários. E ficando atrás apenas de Nova York e Hong Kong.

Comparação. Uma diferença entre aqueles que ficaram ricos por conta das empresas de tecnologia do Vale do Silício e de outros setores, no entanto, é que parte da riqueza em tecnologia está em estoque inicial sem liquidez. Isso faz com que algumas pessoas questionem se certos bilionários de tecnologia são realmente tão ricos.

Há um debate legítimo, por exemplo, se uma pessoa como o fundador da Uber, Travis Kalanick, deveria ter sido considerado de bilionário antes dele ter vendido alguma de suas ações da empresa.

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Há ainda, tipos de bilionário de tecnologia que não estão necessariamente ligados a empresas. É o caso dos investidores que ficaram ricos com as moedas virtuais, onde a situação é ainda mais volátil.

Os irmãos gêmeos Winklevoss, por exemplo, considerados no fim do ano passado os primeiros bilionários do mundo do bitcoinentraram e saíram da lista em alguns meses depois que o valor das moedas virtuais despencou no início deste ano. É o exemplo do que a pesquisa de Wealth-X chama de “visita transitória à classe dos bilionários”, especialmente comum na loteria dos bilionários do mercado de tecnologia.

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