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Microsoft, Amazon e Google fizeram mais aquisições em 2021 do que nos últimos 10 anos

Empresas de tecnologia enfrentam processos antitruste nos EUA, mas não diminuem ritmo de crescimento e domínio do mercado

Por Redação Link
Atualização:
Em 2021, a Amazon concluiu a compra dos estúdios MGM, de Hollywood Foto: DAdo Ruvic/Reuters

O ano de 2021 foi de dualidade para Microsoft, Amazon e Google, três das empresas de tecnologia mais importantes do mundo. Por um lado, as companhias enfrentam um duro embate no Senado americano por processos antitruste. Por outro, o ano passado ficou marcado como o período de maior número de aquisições dessas empresas — ao todo, foram 107 compras fechadas pelas três gigantes em apenas 12 meses, de acordo com a consultoria Dealogic. 

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Os negócios incluíram grandes acordos, como a compra dos estúdios de Hollywood MGM pela Amazon e da Nuance Communications, empresa de software de inteligência artificial (AI), pela Microsoft. O holofote, porém, que essas empresas colocaram sobre si, despertou ainda mais a atenção de Lina Khan, presidente da Comissão Federal de Comércio norte-americana (FTC), que assumiu o papel de liderar o processo antitruste de grandes empresas nos EUA. Em uma das ações, Lina já moveu um processo contra o Facebook, pela acusação de monopólio de redes sociais pela compra dos apps Instagram e WhatsApp

No total, a Alphabet, empresa-mãe do Google, realizou 22 aquisições. A Amazon fechou 29 contratos e a Microsoft dquiriu 56 negócios. Ainda, de acordo com a Dealogic, essas aquisições movimentaram cerca de U$$ 22 bilhões na Alphabet, US$ 15,7 bilhões na Amazon e US$ 25,7 bilhões na Microsoft. 

“As Big Techs estão prestando muita atenção [nas aquisições] e querem fechar negócios antes que o governo consiga obter novos precedentes [para impedir o movimento]”, disse Erik Gordon, professor da Ross School of Business da Universidade de Michigan, ao canal americano CNBC. “Uma vez que um precedente é estabelecido em um tribunal por um juiz, é mais fácil para outros juízes seguirem esse precedente.”

Para Lina, a questão vai continuar sendo alvo de guerra, em um ano que começou com um negócio de US$ 68,7 bilhões na Microsoft, valor pago pela compra da empresa de videogames Activision Blizzard. "Estas são empresas extremamente bem dotadas de recursos”, disse Lina em uma entrevista à CNBC. “Eles não têm vergonha de implantar esses recursos. Estamos realmente mostrando para essas empresas e para o país que os juízes não vão recuar, mesmo que elas estejam se flexibilizando ou tentando nos intimidar.”

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