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Musk planeja demissões e pagar para influenciadores no Twitter

Bilionário teria revelado parte de suas estratégias para o crescimento da rede social em conversas com banqueiros

Por Redação Link
Atualização:
Musk irá desembolsar US$ 44 bilhões pelo Twitter, que passará a ser uma empresa de capital fechado Foto: Reuters

Após o anúncio de que Elon Musk será o novo, e único, dono do Twitter nesta semana, diversas especulações têm sido feitas a respeito do futuro da rede social e as mudanças que o homem mais rico do mundo irá fazer na empresa. Se em declarações públicas Musk tem insistido no discurso de que quer trazer “liberdade de expressão” à rede do passarinho azul, reservadamente, outras estratégias já são especuladas. 

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Em conversas com banqueiros durante encontros para conseguir financiamento para a compra do Twitter, Musk teria revelado que já trabalha com a ideia de reduzir o número de funcionários da empresa a fim de “trazer mais eficiência” à companhia. As informações são do jornal norte-americano The Washington Post, que conversou sob a condição de anonimato com pessoas que acompanharam as reuniões de perto. 

Um dia após o anúncio da venda , o CEO do Twitter declarou, em reunião com os funcionários da empresa, que o futuro da compahia era "incerto", mas procurou tranquilizar os trabalhadores dizendo que não há demissões planejadas até o momento. 

Além dos cortes de gastos com pessoal, durante as reuniões, Musk também teria dado pistas de algumas inovações que pretende trazer ao modelo de funcionamento do Twitter, visando a expansão da rede e o crescimento do número de usuários. Uma das propostas citadas por Musk é a de repetir um modelo adotado com sucesso recentemente pelo Tik Tok, que consiste em pagar influenciadores para criar conteúdo na rede. 

De acordo com o Washington Post, uma ideia envolvendo uma espécie de “serviço de assinatura” da rede também teria sido trazida por Musk, embora não haja mais detalhes sobre como essa ferramenta iria funcionar.

Essas sugestões contrastam com outras declarações do bilionário, que já disse, por exemplo, que ao comprar o Twitter não estaria interessado em “fazer dinheiro”. Segundo as fontes ouvidas pelo jornal, contudo, as ideias ainda não fazem parte de qualquer plano formal, ou acordo com os banqueiros. 

Outra sugestões e apelo por ‘liberdade’

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Ao longo das últimas semanas, especialmente desde que Musk comprou suas primeiras ações da empresa, no início de abril, o bilionário tem sugerido e comentado sobre diversas sugestões para “melhorar” o Twitter, especialmente em posts no seu perfil oficial na rede.

Musk já fez, por exemplo, uma enquete, perguntando aos seus seguidores se eles gostariam que o Twitter tivesse um botão para editar postagens. 

 Mesmo assim, o principal tema abordado por Musk em seus tweets, tem sido a luta pela “liberdade de expressão” no Twitter, que ele costuma chamar de “praça pública do mundo”. Na última quarta-feira, o bilionário disse, por exemplo, que para o Twitter ter a confiança do público, a rede social deve ser neutra a ponto de “perturbar a extrema direita e a extrema esquerda igualmente”. 

Em outra oportunidade, para explicar seu conceito de “liberdade de expressão”, Musk disse que, “é contra toda a censura que vai muito além da lei”. “Se as pessoas quiserem menos liberdade de expressão, pedirão ao governo que aprove leis nesse sentido. Portanto, ir além da lei é contrário à vontade do povo”, escreveu em um tweet.

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