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No tribunal, Travis Kalanick explica como a amizade entre Uber e Google acabou

No passado, Alphabet já fez investimento no Uber, mas as duas empresas se tornaram rivais na construção do carro sem motorista; julgamento sobre roubo de tecnologia deve se estender até a próxima semana

08/02/2018 | 10h39

  •      

 Por Agências - Reuters

Travis Kalanick, ex-presidente executivo do Uber, deixa corte federal de São Francisco após testemunho

Jane Lee/Reuters

Travis Kalanick, ex-presidente executivo do Uber, deixa corte federal de São Francisco após testemunho

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  • Uber acelera corrida pelo carro sem motorista

O presidente executivo do Uber, Travis Kalanick, descreveu como seu relacionamento com o presidente executivo da Alphabet -- holding que controla o Google --, Larry Page, se deteriorou conforme as duas companhias começaram a competir pelo desenvolvimento de carros sem motorista. A disputa acirrada entre as duas companhias, segundo o executivo, é o que levou ao processo da Waymo, divisão de carros sem motorista do Google, contra a Uber na corte federal de São Francisco.

A disputa judicial entre Waymo e Uber começou há um ano, quando a empresa do Google acusou o ex-engenheiro da Waymo, Anthony Levandowski, de ter baixado mais de 14 mil documentos confidenciais da Waymo em 2015, antes de fundar a startup Otto, que foi adquirida pelo Uber em 2016. A Waymo estimou, no processo, que teve prejuíxo de US$ 1,9 bilhão por conta do suposto roubo de informações, mas o Uber rejeita a acusação. Lewandowski não é réu no caso.

O depoimento de Kalanick, cofundador do Uber e ex-presidente executivo da empresa, é crucial para o julgamento, que promete influenciar uma das maiores e mais lucrativas disputas no Vale do Silício: o desenvolvimento de carros sem motoristas. A presença de Kalanick mostrou a natureza pessoal da ação judicial, uma vez que tratam-se de grandes personalidades do setor de tecnologia em disputa.

As duas companhias já foram aliadas no passado, quando o braço de investimentos da Alphabet, fez um investimento de US$ 258 milhões no Uber em 2013. No início do Uber, disse Kalanick, o relacionamento da empresa com o Google era "como o de um irmão menor com um irmão mais velho". Kalanick afirmou que Page e outro executivo da companhia, David Drummond, era como mentores para ele.

Contudo, conforme o Uber começou a se movimentar em relação aos carros sem motorista, área em que o Google já estava presente desde 2009, Page ficou incomodado. Na época, o Uber contratou 40 especialistas em carros autônomos da Universidade de Carnegie Mellon para construir um laboratório especializado em Pittsburg, nos Estados Unidos. 

"Ele ficou um pouco bravo e disse 'Porque você está entrando na minha área?' e ficou chateado", disse Kalanick, durante o depoimento. A aquisição da Otto aumentou a tensão entre as duas empresas e dias depois Drummond renunciou ao seu assento no conselho de administração do Uber. Kalanick disse que previa uma ação.

Segundo lugar. Apesar de ser famoso por seu temperamento forte, o presidente do Uber, Kalanick manteve a calma na quarta-feira, 7, ao responder as perguntas dos advogados da Waymo, que mantiveram o foco na natureza competitiva do executivo. Kalanick renunciou ao cargo de presidente executivo do Uber em junho do ano passado, após uma série de escândalos que envolveram a companhia.

Ele explicou no julgamento que os carros sem motorista são uma questão de sobrevivência para o Uber. O advogado da Waymo mostrou a ele uma mensagem de texto em que Levandowsky disse ao então presidente do Uber: "Eu vejo isso como uma corrida e precisamos ganhar. O segundo lugar é do primeiro perdedor." Kalanick foi perguntado se concordava: "Eu ouvi isso pela primeira vez do meu treinador de futebol na escola, mas sim."

O executivo negou que os documentos de auditoria de uma empresa externa mostrassem que a Otto possuía documentos sobre tecnologias da Waymo. Ele afirmou que a contratação de Levandowski "não foi tão boa como ele pensava que seria no início".

O julgamento deve continuar até a próxima semana. O juri terá de decidir se os documentos baixados por Levandowski continham segredos industriais da Waymo e não informações conhecidas sobre a tecnologia. Além disso, eles vão decidir se o Uber adquiriu a Otto de maneira indevida e de que maneira se beneficiou dos segredos industriais que o ex-funcionário da Waymo supostamente roubou.

    Tags:

  • Uber
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  • Travis Kalanick
  • tecnologia
  • aplicativo de transporte

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