Nokia vai demitir 1,3 mil funcionários na Finlândia

Medida faz parte de um programa de cortes de custos para economizar mais de US$ 1 bilhão

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Por Thiago Sawada
Atualização:

Reuters

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A fabricante finlandesa Nokia vai reduzir em até 14% seu quadro de funcionários em todo o mundo. A medida faz parte de um programa de cortes de custos para economizar mais de US$ 1 bilhão, após adquirir a empresa rival Alcatel-Lucent em janeiro deste ano.

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Embora a empresa não tenha revelado qual será o impacto da medida em escala global, de acordo com a agência Bloomberg, as demissões podem atingir de 10 mil a 15 mil postos de trabalho de um total de 104 mil funcionários. Em um comunicado, a empresa afirmou que, só na Finlândia, cerca de 1,3 mil funcionários serão mandados embora.

Na Alemanha, o corte deve ser um pouco maior, chegando a 1,4 mil demissões. Já na França, embora a empresa pretenda fechar 400 postos de trabalho, outros 500 serão criados nas áreas de pesquisa e desenvolvimento. A abertura de novas vagas segue uma promessa da empresa feita ao governo francês no ano passado, durante as negociações com a Alcatel.

As divisões de redes da Nokia e da Alcatel-Lucent mantêm cerca de 4,8 mil trabalhadores na Alemanha e de 4,4 mil na França e ainda contam com funcionários em cerca de 120 outros países.

Em um comunicado, a empresa disse que também irá economizar dinheiro com imóveis, serviços, compras e nos suprimentos para a cadeia de fabricação. De acordo com o presidente-executivo, Rajeev Suri, a Nokia está “tomando medidas para se adaptar às condições desafiadoras do mercado e para transferir recursos a tecnologias orientadas para o futuro, como o 5G, armazenamento em nuvem e internet das coisas.”

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A Nokia assumiu o controle da Alcatel-Lucent em janeiro depois de sua oferta de € 15,6 bilhões em ações, com a meta de competir com a sueca Ericsson e a chinesa Huawei no mercado de equipamentos para infraestrutura de telecomunicações. Com a queda dos investimentos globais em estações rádio-base 4G, Nokia e Ericsson estão cortando custos e procurando outras fontes de receita no mercado. “Essas ações destinam-se a assegurar que a Nokia continue a ser um forte líder na indústria”, diz Suri.

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