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'O Facebook precisa reconquistar confiança', diz Sheryl Sandberg

Em Davos, nº 2 da rede social declarou que a empresa não 'antecipou' os riscos de conectar tantas pessoas e deu voto de confiança a Mark Zuckerberg

Por Agências
Atualização:
Sheryl Sandberg, número 2 do Facebook, participa do Fórum Econômico Mundial Foto: Reuters

A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, disse nesta quarta-feira, 23, que a maior rede social do mundo precisa reconquistar a confiança do público após os inúmeros escândalos de privacidade que passou pelo ano passado. A empresa está investindo bilhões de dólares para melhorar a segurança de sua rede, disse a executiva durante uma entrevista em Davos, no Fórum Econômuico Mundial, que ocorre nesta semana na Suíça. 

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Fundado há quase quinze anos, o Facebook viu suas ações caírem 33% desde julho do ano passado, por conta de preocupações com a privacidade dos usuários. "Nós não antecipamos os riscos de conectar tanta gente", disse Sheryl Sandberg, adicionando que a empresa deu maior controle a seus usuários sobre informações pessoais. 

"Precisamos reconquistar a confiança dos usuários", declarou a executiva, se referindo ao caso Cambridge Analytica – revelado em março do ano passado, o escândalo mostrou como a consultoria política utilizou indevidamente dados de 87 milhões de pessoas. 

Sucessão. Os escândalos passados pela rede no ano passado – que também incluíram a disseminação de notícias falsas e até a contratação de uma agência para difamar o bilionário George Soros – fizeram muitos questionarem se Mark Zuckerberg, fundador da rede, deve manter seu cargo como presidente executivo e do conselho da empresa. Sheryl Sandberg, porém, reiterou seu apoio ao chefe – bem como disse não ter planos de sair da rede social. 

"Acredito que eu tenho um trabalho para fazer – e é um trabalho que eu realmente quero fazer", disse ela. Ela ainda acrescentou que a empresa não deve mudar seu modelo de negócios – em 2018, não foram poucas as vezes que analistas sugeriram que o Facebook deveria cobrar uma assinatura dos usuários em troca de não exibir anúncios ou usar seus dados. "Mudar fundamentalmente nosso modelo de negócios causaria dano a muitas pessoas no mundo." 

Conhecida também por causas feministas, Sandberg negou que esteja planejando se candidatar à presidência dos Estados Unidos em 2020. "Não é algo que está nos meus planos". 

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