Okta diz que até 366 clientes podem ter sido atingidos por ataque hacker

Ataque hacker foi reivindicado pelo grupo conhecido como Lapsus$ e pode ter exposto dados de clientes

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Por Agências
Atualização:
Ano de 2021 foi pautado por discussões sobre cibersegurança, com aumento de ataques hacker Foto: Pixabay

Centenas de clientes da empresa de autenticação digital Okta foram possivelmente afetados por uma violação de segurança. A ação teria sido causada pelo grupo de hackers conhecido como Lapsus$, informou a empresa na terça-feira, 22. O grupo é o mesmo citado nos ataques aos sistemas do ministério da Saúde no Brasil, no final do ano passado.

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A violação despertou preocupação desde que a gangue de extorsão cibernética postou o que pareciam ser capturas de tela internas de dentro da rede da organização no começo da semana.

Em uma série de postagens, o diretor de segurança da empresa, David Bradbury, disse que o "impacto potencial máximo" foi de 366 clientes, cujos dados foram acessados ​​através de um prestador de serviços externo, a Sitel. A Sitel havia contratado um engenheiro cujo laptop fora sequestrado, acrescentou ele.

O número de 366 clientes representava o "pior cenário", advertiu Bradbury, observando que, de qualquer maneira, os hackers foram limitados em seu leque de ações.

A Okta ajuda funcionários de mais de 15 mil organizações a acessar redes e aplicativos com segurança, de modo que uma violação na empresa pode levar a sérias consequências.

Bradbury disse que o ataque não daria "acesso divino" aos invasores, pois eles não seriam capazes de realizar ações como baixar bancos de dados de clientes ou acessar o código-fonte da Okta.

A empresa ficou sabendo da violação em janeiro, segundo ele, enquanto a Sitel Group recebeu um relatório forense sobre o incidente em 10 de março, dando a Okta um resumo das descobertas uma semana depois.

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Bradbury disse estar "muito desapontado com o longo período de tempo que transcorreu entre nossa notificação à Sitel e a emissão do relatório completo da investigação".

A Sitel não retornou imediatamente uma mensagem da agência de notícias Reuters pedindo comentários na última quarta-feira, 23.

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