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Pandora compra partes do Rdio por US$ 75 milhões

Rádio online adquire serviços-chave do streaming de música; negócio será fechado em 2016

Por Bruno Capelas
Atualização:

Reprodução

 

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O serviço de música online Pandora anunciou ontem, 16, que vai comprar setores estratégicos do serviço de streaming de música Rdio por US$ 75 milhões. Em comunicado divulgado à imprensa, a empresa afirmou que a negociação faz parte de sua estratégia para ser um serviço cada vez mais completo de música.

A negociação envolverá os setores de tecnologia e propriedade intelectual do Rdio, e deve ser concluída apenas em 2016. De acordo com o comunicado, o Pandora também abrirá vagas para os funcionários do time do Rdio, e uma versão integrada dos dois serviços deve ser lançada no final do ano que vem.

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Além disso, o Rdio deverá fechar todos os seus serviços ao redor do mundo. De acordo com o texto divulgado à imprensa e aos acionistas, o Pandora faz ainda a ressalva de que não está comprando o negócio operacional do Rdio.

“Seja em rádio, on demand ou em eventos ao vivo, o Pandora está construindo o serviço definitivo para fãs conhecerem e celebrarem música”, disse Brian McAndrews, presidente-executivo do Pandora.

Atualmente, o Pandora funciona apenas como uma rádio online, criando playlists para seus usuários. Ao usar o serviço, o usuário não pode ouvir álbuns inteiros ou criar uma playlist própria, como acontece em plataformas como Spotify, Deezer e Apple Music.

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A transação também ajuda o Pandora a ganhar escala global: hoje, o serviço está presente nos EUA, na Nova Zelândia e na Austrália. Já o Rdio está presente em mais de 100 países – incluindo o Brasil. Procurada pelo Estado, a empresa não respondeu às solicitações da reportagem até o fechamento desta edição.

Criado em 2010 pelos co-fundadores do Skype, Janus Friis e Niklas Zennstroem, o Rdio já foi avaliado em cerca de US$ 500 milhões em 2013 – quando vendeu 15% de suas ações por US$ 75 milhões para a gigante do rádio norte-americano Cumulus. No entanto, nos últimos tempos o serviço mostrou-se pouco capaz de acompanhar a evolução do mercado de streaming de música.

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