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Pinterest triplica base de usuários no Brasil em três anos

Perto de completar uma década, app de interesses reforça uso de tecnologia e personalização para crescer no País

Foto do author Bruna Arimathea
Por Bruna Arimathea
Atualização:
Mariana Sensini, líder do Pinterest para a América Latina: não somos uma rede social Foto: Hélvio Romero/Estadão

Inspirações e ideias são parte fundamental do Pinterest, plataforma de interesses que completa uma década neste ano. Com capital aberto na Bolsa de Valores de Nova York desde 2019, a companhia soma 335 milhões de usuários no mundo. Pelo menos um em cada dez deles estão no Brasil, onde a empresa tem 38 milhões de contas ativas, o triplo do que possuía há três anos.

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Fundado em 2010 no Vale do Silício, o Pinterest ajuda seus usuários a colecionarem ideias e referências em temas como culinária, moda, decoração e maquiagem – o que deu à rede certo caráter de nicho, apesar de ter mais usuários que o Twitter, por exemplo. Para seguir em frente, a empresa aposta em tecnologias como inteligência artificial e reconhecimento de imagem para conseguir personalizar cada vez mais o que interessa a cada usuário, em qualquer país que ele estiver. 

“A prioridade é que o Pinterest consiga ter inspirações locais relevantes”, diz Mariana Sensini, líder da empresa na América Latina. Na visão dela, porém, a companhia não é uma rede social. “Somos um mecanismo de descoberta visual.” Além disso, a empresa tem reforçado sua parceria com marcas e varejistas que têm utilizado a plataforma para divulgar seus produtos. Nomes como Tok&Stok, Renner e Natura, por exemplo, já usam o Pinterest para mostrar o que vão lançar em suas lojas.

O Pinterest abriu capital em 2019. O que mudou aqui no País? 

A missão da empresa continua a mesma, que é justamente ser uma plataforma de inspiração para as pessoas. A prioridade, como modelo de negócios, é que o Pinterest consiga trazer inspirações locais relevantes para os usuários.

O que faz o Pinterest diferente de outras redes sociais?

O tipo de comportamento das pessoas dentro do Pinterest é muito diferente. Não é uma rede social. É um mecanismo de descoberta visual. Essa é uma missão muito forte que faz com que a gente precise se comunicar muito bem para que o mercado entenda essas diferenças e que, a partir daí, crie conteúdo específico para o Pinterest. Acredito que o Pinterest fica um pouco naquele canto positivo da internet. As pessoas entram na plataforma para buscar uma experiência recompensadora. 

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Como está o Brasil dentro da plataforma? Quais são as principais categorias?

O Brasil é um dos mercados do Pinterest que mais crescem no mundo. Todos os dias, mais de 9 milhões de ideias são salvas na plataforma pelos usuários no Brasil. Isso é muito interessante do ponto de vista de negócio, porque, quando uma pessoa salva uma inspiração, ela está basicamente dizendo o que ela gostaria de fazer na vida dela. Existem algumas categorias que têm apelo muito maior dentro da plataforma, como viagem, decoração, moda, beleza, comida e bebida. É algo que ajuda grandes varejistas e também pequenos produtores a divulgarem suas marcas e produtos. 

Como o Pinterest lida com a oferta de produtos para o mercado de diversos países?

Quando um produto é lançado no mercado, o objetivo do Pinterest é que ele possa representar algo para a população local. O produto deve ser achado no Pinterest se puder ser comprado localmente. O que alguém procura como receita de Natal nos EUA e no Brasil tem de ser diferente, por conta do clima e do público. E aí entra esse desenvolvimento (com algoritmos), justamente para que a gente consiga entregar uma experiência relevante para o usuário local, que é muito o foco do nosso escritório aqui. 

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Como a empresa trabalha com tecnologia? 

Acreditamos que o futuro está na busca visual. A gente investe muito nesse modelo. Recentemente lançamos, nos Estados Unidos, o Try On, que é a nossa tecnologia de realidade aumentada e permite que o usuário “insira” um objeto na realidade dele, com ajuda do celular. Outra tecnologia que lançamos recentemente no Brasil é o Pinterest Lens, que permite que as pessoas testem e busquem virtualmente os produtos. Mais de 2,5 bilhões de imagens já foram mapeadas com ajuda do Lens.

O Pinterest lançou um recurso que possibilita buscar produtos pelo tom de pele. É possível aliar tecnologia e diversidade?

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Lançamos nos Estados Unidos recentemente o Skin Tone Filter, uma ferramenta que faz filtros de tons de pele. Uma engenheira negra notou que não se sentia completamente representada quando fazia buscas por maquiagem dentro do Pinterest. Então ela sugeriu e a equipe do Pinterest lançou esse recurso que permite que a gente consiga selecionar o tom de pele na busca. Os resultados de maquiagem, por exemplo, vão ser relacionados a esse parâmetro de tom de pele selecionado. 

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

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