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Presidente do Google se desculpa com autoridade da UE após vazamento de documento

Sundar Pichai se manifestou após um documento interno do Google delinear uma estratégia de 60 dias para conter ofensiva da União Europeia contra empresas de tecnologia

Por Agências
Atualização:
Incidente destaca o intenso lobby das empresas de tecnologia contra as regras da UE Foto: Yves Herman/Reuters

Sundar Pichai, presidente-executivo da Alphabet, controladora do Google, se desculpou com o chefe da indústria da Europa, Thierry Breton, por causa de um documento interno propondo maneiras de combater as novas regras da UE para empresas de tecnologia.

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Pichai e Breton conversaram sobre seus pontos de vista em uma videoconferência na noite de quinta-feira, 12, a terceira deste ano, de acordo com comunicado da Comissão Europeia.

“A internet não pode permanecer um velho oeste: precisamos de regras claras e transparentes, ambiente de mercado previsível e direitos e obrigações equilibrados”, disse Breton a Pichai.

A ligação ocorreu após um documento interno do Google delinear uma estratégia de 60 dias para conter a iniciativa da União Europeia para as novas regras, fazendo com que aliados dos EUA se posicionassem contra Breton.

A ligação foi iniciada pelo Google antes que o documento vazasse.

Breton mostrou o documento vazado a Pichai durante a ligação e disse que não havia necessidade de usar táticas do século passado e jogar uma unidade da Comissão Europeia contra outra, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

Pichai se desculpou pela forma como o documento foi divulgado, artigo que ele disse que não viu e não assinou, dizendo que se envolverá diretamente com Breton se identificar uma linguagem ou política que visam especificamente o Google, disse outra pessoa.

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O Google disse que a conversa foi franca e aberta.

O incidente destaca o intenso lobby das empresas de tecnologia contra as regras da UE, o que poderia impedir seus negócios e forçar mudanças na forma como operam.

Breton anunciará um novo projeto de regras conhecido como Lei de Serviços Digitais e Lei de Mercados Digitais, juntamente com a Comissária Europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, em 2 de dezembro.

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