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Em meio à crise, presidente do Uber tira licença por tempo indeterminado

Travis Kalanick anunciou saída em e-mail para funcionários e não informou prazo para retornar à empresa; Uber vive grave crise de imagem, após série de escândalos

13/06/2017 | 14h06

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 Por Claudia Tozetto, Bruno Capelas e Matheus Mans - O Estado de S.Paulo

Fundador do Uber, Travis Kalanick foi afastado da empresa após investigação de assédio sexual

Bloomberg

Fundador do Uber, Travis Kalanick foi afastado da empresa após investigação de assédio sexual

Leia mais

  • Leia a carta de Travis Kalanick aos funcionários do Uber
  • Vice-presidente de negócios do Uber deixa a empresa

O cofundador e presidente executivo do aplicativo de carona paga Uber, Travis Kalanick, acaba de anunciar que vai tirar uma licença da empresa por tempo indeterminado. A saída do executivo, em meio à grave crise de imagem que assola a companhia, foi anunciada em um e-mail para os funcionários enviado na tarde desta terça-feira, 13, e faz parte de uma série de recomendações feitas ao conselho após uma investigação interna que começou por denúncias de assédio sexual na empresa. O Uber realizou no início da tarde uma reunião interna com funcionários para explicar as mudanças. Kalanick não está presente.

Kalanick afirma, no e-mail enviado por volta de 14h, que deixa a empresa para atravessar o período de luto após a morte de sua mãe em um acidente de barco, no fim de maio. Ainda na carta, ele diz que usará a licença para "refletir, trabalhar em si mesmo e construir um time de liderança de classe mundial". Ele disse que não vai determinar um prazo para retornar à empresa.

"A responsabilidade sobre onde chegamos e como chegamos está nos meus ombros", afirmou Kalanick no e-mail enviado à equipe. "Para que o Uber 2.0 tenha sucesso, não há nada mais importante do que dedicar meu tempo a construir o time de liderança da empresa. Eu também preciso trabalhar no Travis 2.0 para me tornar o líder que essa empresa precisa e que vocês merecem."

Até que Kalanick volte para a empresa, o Uber não terá outro presidente executivo. A empresa pretende contratar um diretor de operações -- a vaga está aberta há alguns meses -- que vai atuar sob supervisão direta do conselho. Em comunicado, a empresa afirmou que o diretor de operações vai atuar como um parceiro do presidente executivo afastado, focando na operação diária do serviço, além da cultura e instituições que fazem parte do Uber.

"Com as mudanças na liderança, o Uber pode fazer as coisas de forma diferente", afirma o diretor de pesquisas da consultoria Gartner, Michael Ramsey, em entrevista ao Estado. "A cultura de uma empresa não muda sem uma liderança no topo. Então, quem substituir os executivos que estão saindo, que tenham a capacidade de fazer as mudanças necessárias na empresa."

Nos últimos meses, o Uber vive uma grave crise. Desde fevereiro, a empresa conduz uma investigação interna sobre a cultura, após denúncias de casos de assédio sexual e moral dentro da companhia. Na semana passada, após o resultado parcial das investigações, mais de 20 funcionários foram demitidos. Os resultados completos da investigação também foram liberados.

Lembre as recentes polêmicas envolvendo o Uber

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Boicote

Foto: REUTERS/Beck Diefenbach

Em 2016, Travis Kalanick aceitou um cargo na equipe de conselheiro econômicos de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. A decisão gerou retaliação de usuários contrários ao governo, que criaram a campanha #DeleteUber. Em apenas alguns dias, o app foi desinstalado por 200 mil pessoas, o que fez com que Kalanick renunciasse ao cargo. “Não entrei para o grupo para mostrar apoio ao presidente ou suas ações, mas infelizmente isso foi mal interpretado como sendo exatamente isso”, disse o executivo na época.

Segurança

Foto: Tyrone Siu/Reuters

No Brasil, a empresa está enfrentando graves problemas de segurança. Motoristas reclamam que há pouca fiscalização de usuários quando o pagamento é efetuado em dinheiro — ao contrário do pagamento em cartão de crédito, não é preciso colocar dados pessoais. Com isso, relatos de assalto e sequestros de motorista e passageiros surge de maneira frequente. O Uber diz que faz uma checagem de segurança e, há pouco tempo, passou a exigir CPF dos usuários que pagam em dinheiro.

Verde e Amarelo

Foto: Washington Alves/Estadão

O Uber também sofreu um revés em fevereiro deste ano com a Justiça brasileira: a 33.ª Vara de Justiça do Trabalho de Belo Horizonte reconheceu o vínculo empregatício de um motorista brasileiro com o Uber. De acordo com a decisão, o ex-motorista Rodrigo Leonardo Silva Ferreira, de 39 anos, tem direito a receber aviso prévio indenizado, férias proporcionais e valores correspondentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com multa correspondente a 40% pela demissão.

Assédio

Foto: AP Photo/Eric Risberg

Ex-funcionária do Uber, Susan Fowler denunciou em seu blog que um gerente na empresa usou um software de bate-papo interno para tentar "fazer com que ela fizesse sexo com ele". Como prova, a ex-funcionária ainda fez imagens da tela com as mensagens mostrando o assédio. Em resposta, Travis Kalanick ordenou nesta uma "investigação urgente" sobre as alegações de assédio.

Mais assédio

Foto: Anindito Mukherjee/Reuters

Depois das alegações de Fowler sobre assédio dentro do Uber, o jornal norte-americano The New York Times publicou informações que aumentam o número de acusações sobre a companhia. Segundo o jornal, funcionários usaram cocaína durante uma viagem da empresa e um deles foi demitido após assediar algumas de suas colegas de trabalho. 

Processo

Foto: REUTERS/Brendan McDermid

A Waymo, unidade de carros autônomos da Alphabet -- holding que controla o Google -- está processando o Uber, alegando roubo de tecnologia própria. Segundo o texto do processo, a tecnologia que teria sido roubada é a de sensores capazes de identificar a posição dos carros no espaço e ajudá-los a se locomover sozinhos. "A tecnologia LiDAR da Uber é, na verdade, a tecnologia LiDAR da Waymo", diz a denúncia. O Uber disse em comunicado que o processo da Waymo é uma tentativa sem fundamento de desacelerar um competidor e que, por isso, eles irão se defender vigorosamente das acusações no tribunal.

Assédio novamente

Foto: REUTERS/Stephen Lam

Os problemas do Uber em relação à assédio sexual não terminaram com as acusações de Susan Fowler. Ex-chefe de buscas do Google, Amit Singhal foi contratado pelo Uber em janeiro, como uma grande aposta da empresa para aprimorar seu sistema. Pouco de um mês depois, a empresa o demitiu. O motivo? O Google tinha desligado Singhal de seu quadro de funcionários após o executivo ser investigado por um abuso sexual contra uma funcionária. Procurado pela imprensa, ele desmentiu. 

Discussão

Foto: Matheus Mans/Estadão

Presidente executivo do Uber, Travis Kalanick foi filmado discutindo com um motorista de seu próprio aplicativo. Em cenas gravadas por uma câmera dentro do carro, o executivo troca farpas com o motorista Fawzi Kamel, que reclamou das tarifas cobradas pelo serviço de caronas pagas. Depois de ter as cenas divulgadas na imprensa, Kalanick disse que “precisa crescer” como líder.

Proteção

Foto: Danish Siddiqui/Reuters

De acordo com reportagem do The New York Times, o Uber usou um software para enganar autoridades e escapar de fiscalização em cidades onde está ou esteve ilegal. Para isso, eles coletam ilegalmente dados de usuários do aplicativo para identificar os fiscais e autoridades governamentais, como forma de se prevenir de penas ou sanções. O Uber disse que a plataforma foi usada para evitar “usuários que usam o serviço de maneira inapropriada”.

'London Has Fallen'

Foto: ?REUTERS/Lucy Nicholson

Em 2016, o órgão público que regula transporte em Londres, no Reino Unido, definiu que condutores de empresas privadas de transporte têm que provar a capacidade de domínio da língua inglesa de seus motoristas. Para tentar reverter a situação, o Uber entrou com uma ação. No entanto, a empresa perdeu o processo e agora precisa comprovar que seus motoristas falam inglês perfeitamente. O Uber disse que tal medida faria com que 33 mil condutores perdessem as suas licenças para operar na capital.

Problemas na Ásia

Foto: Tyrone Siu/Reuters

O Uber vem enfrentando problemas de regulação no continente asiático. Em fevereiro, a companhia parou de operar em Taiwan por causa de uma multa milionária implantada pelo governo local por operar ilegalmente no território. Em março, a empresa sofreu outro revés quando um juiz de Hong Kong condenou cinco de seus motoristas por usaram o aplicativo. A punição desmotiva o uso do serviço na região pelo medo que os motoristas têm de ganharem sanções parecidas. 

Presidente deixa o Uber

Foto: Andy Kropa/AP

No dia 19 de março, Jeff Jones, presidente do Uber, renunciou ao cargo após seis meses depois de o ter assumido. Dentro da empresa, ocupava a segunda posição mais importante, logo abaixo de Travis Kalanick. Jones alegou que estava deixando a companhia por incompatibilidade de valores. No começo de março, Ed Baker, vice-presidente de produtos e desenvolvimento do Uber, e Charlie Miller, principal investigador de segurança, também deixaram a empresa.

Prostituição em Seul

Foto: Udit Kulshrestha/Bloomberg

O site norte-americano The Information divulgou que, em 2014, uma equipe do Uber visitou uma casa de prostituição em Seul, capital da Coreia do Sul. De acordo com a publicação, os quatro gestores da companhia escolhiam mulheres da casa, chamando-as por números, para sentar-se com eles. Depois dessa noite, uma funcionária do Uber reportou ao RH da empresa que a viagem a deixou desconfortável. 

Uber

Foto: Fresco News/Mark Beach/Reuters

Na segunda feira, 27, o Uber voltou a colocar seus carros autônomos na rua. Na última sexta-feira, 24, a empresa havia suspendido o projeto após um de seus protótipos capotar ao colidir com outro veículo no estado norte-americano do Arizona. Depois do acidente, uma investigação foi conduzida e a empresa decidiu liberar seus carros para rodarem nas três cidades onde testa o projeto — Tempe, no Arizona, São Francisco e Pittsburgh. Segundo a polícia local, o carro pilotado por humano foi o responsável pelo acidente com o carro autônomo do Uber.

Saída da Dinamarca

Foto: Nikolai Linares/EFE

O Uber anunciou em 28 de março que deixará de funcionar na Dinamarca a partir de abril deste ano. Uma nova legislação local obriga que todos os motoristas a utilizem taxímetro, o que inviabiliza o serviço. Desde 2014, a companhia sofre dificuldades no país, que encara o Uber como uma concorrência injusta aos táxis.

Vice-presidente deixa o cargo

Foto: David Paul Morris/Bloomberg, Getty Images

Emil Michael, vice-presidente sênior de negócios e segundo na linha de comando do Uber, deixou a empresa após o conselho administrativo afirmar que vai acatar os conselhos registrados no relatório final da investigação de assédio sexual. "Entrei na empresa há quase quatro anos e vivi uma experiência completa ao ajudar o Uber a se tornar a empresa de mais rápido crescimento de todos os tempos", amenizou o executivo. Não ficou claro, porém, se Michael foi demitido ou se ele próprio renunciou ao cargo.

Travis Kalanick é afastado

Foto: REUTERS/Adnan Abidi

O cofundador e presidente executivo do Uber, Travis Kalanick, anunciou uma licença da empresa por tempo indeterminado no meio de junho. A saída do executivo foi anunciada em um e-mail para os funcionários e faz parte de uma série de recomendações feitas ao conselho após a investigação que começou por denúncias de assédio sexual na empresa. Kalanick disse que deixa a empresa para atravessar o período de luto após a morte de sua mãe em um acidente de barco e que usará a licença para "refletir, trabalhar em si mesmo e construir um time de liderança de classe mundial".

Na última segunda-feira, o vice-presidente de negócios – e segundo na linha de comando – Emil Michael deixou a empresa. Muito próximo a Travis Kalanick, Michael estava no Uber desde 2013, e auxiliou a companhia em áreas como fusões e aquisições. No relatório final de Holder, entregue na última semana, era sugerido que Emil Michael saísse da empresa. Atual executivo de desenvolvimento de negócios do Uber, David Richter deve assumir a posição de Michael como vice-presidente sênior de negócios.

A empresa também tem enfrentado diversos escândalos recentemente, como quando Kalanick discutiu com um motorista do serviço e foi gravado, as revelações que mostraram que o Uber usou um software para evitar a fiscalização pelo governo e a competição do rival Lyft em diversos países. Mais recentemente, há ainda o embate na Justiça com a Waymo, divisão de carros autônomos do Google, sobre um suposto roubo de tecnologia por um executivo do Uber. No Brasil, é importante lembrar, o Uber também passa por uma batalha contra motoristas na Justiça do Trabalho – as decisões divergem até aqui.

Relembre a guerra entre Uber e motoristas na Justiça do Trabalho

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Fevereiro de 2017, Belo Horizonte

Foto: Patricia Cançado

Desde o início de 2017, motoristas e Uber têm travado batalha na Justiça do Trabalho no Brasil – até agora, as decisões têm divergido. No primeiro caso, em fevereiro de 2017, a 37ª Vara da Justiça do Trabalho de Belo Horizonte decidiu que um motorista, não identificado, não tinha direito a vínculo empregatício com a empresa – para o juiz, a existência de obrigações a serem seguidas pelo motorista não caracteriza a subordinação jurídica empregatícia. 

Fevereiro de 2017, Belo Horizonte

Foto: Washington Alves/ESTADAO

Poucos dias depois, também em Belo Horizonte, a 33ª Vara de Justiça do Trabalho de Belo Horizonte deu ganho de causa ao motorista Rodrigo Leonardo da Silva Ferreira, que trabalhou para a empresa entre fevereiro de 2015 e dezembro de 2015. Em entrevista ao Estado, Ferreira contou que não queria questionar o Uber por conta de benefícios como aviso prévio, férias e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), mas reclamar de sua exclusão do aplicativo. O Uber recorreu da decisão. Lembre o caso. 

Abril de 2017, São Paulo

Foto: Gabriela BIló/Estadão

Em abril de 2017, a 13ª Vara de Justiça do Trabalho de São Paulo reconheceu que o motorista Fernando dos Santos Teodoro deverá receber R$ 80 mil do Uber por vínculo empregatício com o aplicativo e danos morais. Segundo Teodoro, as exigências do Uber e as ameaças sofridas por taxistas no tempo que prestou serviço para a plataforma de transportes "geraram danos extrapatrimoniais à sua pessoa". O Uber recorreu da decisão. Lembre o caso. 

Abril de 2017, Distrito Federal

Foto: Emily Berl/NYT

Dias depois, ainda em abril deste ano, a Justiça do Distrito Federal venceu uma ação movida pelo motorista William Miranda da Costa. Na decisão, a juíza Tamara Gil Kemp afirma que a empresa e o motorista possuíam relação de parceria, e que não há ligação empregatícia entre o Uber e da Costa. Lembre o caso. 

Maio de 2017, Belo Horizonte

Foto: Washington Alves/Estadão

Após perder para o motorista Rodrigo Leonardo da Silva Ferreira na primeira instância, o Uber venceu o motorista em decisão do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG), na segunda instância. Segundo advogados do Uber presentes na audiência, os juízes citaram a possibilidade dos motoristas de se desconectarem do serviço quando preferirem, oferecer suas contas a outros motoristas e a tarifa dividida como evidências de que eles deveriam ser considerados parceiros da empresa e não funcionários. Procurado pelo Estado, Ferreira disse que vai levar o caso ao Tribunal Superior do Trabalho. Lembre o caso. 

Maio de 2017, Belo Horizonte

Foto: Kuni Takahashi/NYT

Na sequência, o Uber obteve duas vitórias: a primeira foi em maio, na 12ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, contra o motorista Charles Figueiredo. Além de negar o pedido de vínculo empregatício, o juiz condenou Figueiredo por litigância de má-fé – assim, o ex-motorista teve de pagar uma multa de R$ 1 mil, correspondente a cerca de 1% do valor total pedido. Lembre o caso.

Junho de 2017, São Paulo

Foto: Kuni Takahashi/NYT

Nesta semana, a 86ª Vara do Trabalho de São Paulo negou vínculo empregatício da empresa com o motorista James Cesar de Araujo – é a primeira vez que a empresa tem uma vitória no Estado de São Paulo. De acordo com a sentença do juiz do trabalho Giovane da Silva Gonçalves, “não havia, ao contrário do alegado na inicial, qualquer imposição, ainda que indireta, para que o reclamante trabalhasse em jornadas determinadas pela reclamada, muito menos em desrespeito às possibilidades humanas.” Lembre o caso.

Na reunião interna para funcionários do Uber, que terminou por volta de 14h50, estava presente a executiva Arianna Huffington, que é membro do conselho de administração do aplicativo de carona paga. Ela esteve na reunião do conselho no último domingo, na qual foi divulgado o relatório final da investigação. "O conselho precisa de horizontes maiores", disse Arianna, aos funcionários. "Precisamos melhorar processos na área de recursos humanos."

"Estamos com um déficit de reputação e vai demorar algum tempo para sairmos dessa situação", disse outro membro do conselho do Uber, Bill Gurley, durante a reunião. Para especialistas, a empresa terá que se esforçar para alcançar concorrentes, que se destacaram no mercado de aplicativos de transporte. "O Uber buscou um crescimento desmedido e, com isso, começou a perder qualidade e o seu padrão de serviço", afirma o coordenador do centro de estudos em negócios do Insper, Paulo Furquim. "É o momento da empresa se reestabelecer e buscar os seus valores."

Em entrevista ao Estado, o professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP), Pedro Zanni, afirma que, com o afastamento de Kalanick, o conselho passará a ter mais voz no Uber. "Com um presidente tão forte no comando da empresa, o conselho de administração quase não consegue exercer suas funções por completo", diz o professor. "Todas as cartas era dadas por Kalanick."

Segundo Zanni, o afastamento do executivo foi uma decisão razoável e, agora, o conselho de administração precisa avaliar em que medida ela será efetiva para as mudanças na empresa. "A história ainda não acabou. O caso deve continuar a ser investigado e, em último caso, Kalanick deve ser afastado em definitivo."

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  • Travis Kalanick
  • Uber

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