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Procon-SP notifica LG pelo fim da fabricação de celulares

Empresa terá de explicar como ficam agora serviços como garantia e assistência técnica

Por Giovanna Wolf
Atualização:
LG anuncia fim da produção de celulares em todo o mundo Foto: Rick Wilking/Reuters

Após a LG anunciar o fim da produção de celulares da marca em todo o mundo, o Procon-SP pediu explicações para a empresa no Brasil. O órgão revelou ao Estadão nesta segunda-feira, 5, que notificou a LG para prestar esclarecimentos sobre o encerramento da operação da marca no País e sobre o impacto de sua saída do mercado de celulares em serviços como garantia e assistência técnica. 

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A LG terá de informar a relação completa de todos os modelos de smartphones disponibilizados no mercado nos últimos três anos com os respectivos manuais de usuário, assim como a relação de assistências técnicas autorizadas para os produtos. Além disso, o Procon-SP pede a comprovação do período estimado de vida útil dos aparelhos e também informações sobre planos de atendimento aos consumidores que já possuem os celulares da LG, para procedimentos de garantia, reparos e reposição de peças. 

“Quando se trata de bens duráveis, as empresas assumem na venda um compromisso com o consumidor, de que aquele bem terá uma vida útil. Sempre nos gera preocupação uma empresa anunciar o fim da fabricação de determinado produto ou até mesmo a saída do País, por conta dessa expectativa que foi criada nos consumidores”, afirma Guilherme Farid, chefe de gabinete do Procon-SP, ao Estadão. “Preocupa também o fato de a LG ser uma empresa com muita representatividade no Brasil no segmento de celulares. É necessário um cenário de estabilidade das relações”. 

A LG tem até o dia 9 de abril para responder aos questionamentos. Segundo Farid, o consumidor que se sentir lesado neste momento pode efetuar uma reclamação no Procon —o órgão vai auxiliar os consumidores individualmente na solução do conflito junto à LG. 

Fim de uma era

Depois de anos com resultados ruins no segmento de celulares e com a competição cada vez mais acirrada entre modelos Android, a fabricante sul-coreana decidiu abandonar de vez a produção dos aparelhos. A empresa alegou prejuízos acumulados da ordem de US$ 4,1 bilhões ao longo de 23 trimestres consecutivos até o fim do ano passado — a LG, porém, continuará a atuar nos segmentos de televisores e monitores, produtos de áudio, eletrodomésticos e soluções telas corporativas.

Em declaração à imprensa nesta segunda, a LG Brasil afirmou: "Depois de avaliar todas as possibilidades para o futuro do nosso negócio de celulares, a nossa sede global decidiu por fechar esta divisão a fim de fortalecer sua competitividade futura por meio de seleção e foco estratégico". 

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