A novela da aquisição da fábrica de semicondutores Qualcomm pela concorrente Broadcom pode estar perto do fim. Nesta sexta-feira, 9, a Qualcomm recusou a proposta de US$ 121 bilhões da rival, feita no início da semana. No entanto, a empresa sinalizou à concorrente que aceitava conversar para discutir valores – parte dos acionistas acredita que a transação poderia ser atraente para a companhia, mas temem que a empresa seja subvalorizada.
“Esperamos que a vontade da Qualcomm de nos encontrar reflita na intenção genuína de chegar a um acordo com respeito à nossa proposta de 5 de fevereiro”, disse o presidente executivo da Broadcom, Hock Tan, ao presidente executivo da Qualcomm, Paul Jacobs, em uma carta.
Ainda não há data definida para o encontro acontecer. A Broadcom divulgou que propôs uma reunião neste fim de semana, mas executivos da Qualcomm não possuem agenda disponível até a próxima terça-feira.
A Broadcom tem feito insistentes propostas para comprar a concorrente desde novembro do ano passado, quando sugeriu comprar a empresa por US$ 103 bilhões. Agora, a companhia diz que sua atual oferta foi a "melhor e última proposta" e que conta com o forte apoio aos acionistas da Qualcomm.
Caso o negócio se realize, a Broadcom conseguirá aliar seus chips de conectividade a liderança tecnológica da Qualcomm em banda larga e dados. Hoje, a Qualcomm também tem sido uma das pontas de lança do 5G, novo padrão de conectividade que está previsto para chegar ao mercado em alguns anos.