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Receita da Microsoft sobe 18% graças a bom desempenho em nuvem

Empresa é vista por analistas como candidata a passar US$ 1 trilhão em valor de mercado nos próximos meses

Por Bruno Capelas
Atualização:
Satya Nadella é o presidente executivo da Microsoft Foto: REUTERS/Lucas Jackson

A Microsoft apresentou mais um bom resultado no período entre julho e setembro de 2018. Nesta quarta-feira, 24, a empresa divulgou crescimento de 18% na receita no 3º trimestre deste ano, chegando a US$ 29,08 bilhões -- no mesmo período do ano passado, a empresa faturou US$ 24,54 bilhões. Já o lucro cresceu para US$ 8,8 bilhões no período, em crescimento de 33% contra 2017. 

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O bom desempenho da empresa foi puxado pelo crescimento de dois setores importantes para a Microsoft: o serviço de computação em nuvem Azure e as assinaturas do pacote de produtividade Office 365. As duas plataformas tem sido cada vez mais utilizadas por empresas em sua transformação digital, livrando-se de servidores e levando seus arquivos para sistemas hospedados na nuvem. 

O desempenho animou os investidores: as ações da Microsoft subiram 2,5% após o fechamento do mercado, cotadas em US$ 105. Ao longo dos últimos 12 meses, as ações da empresa subiram 21%. Com valor de mercado de US$ 805 bilhões, a Microsoft é considerada por analistas como uma das candidatas para pertencer ao clube do US$ 1 trilhão, hoje frequentado apenas por Apple e Amazon. 

Em nota a investidores, a consultoria Wedbush Securities, por exemplo, prevê que as ações da empresa podem alcançar US$ 140 nos próximos 12 meses -- um crescimento de 33% para o valor dos papeis hoje, o que seria mais que suficiente para alcançar o valor de mercado de US$ 1 trilhão. 

Nuvem. Ao longo do trimestre, o serviço corporativo de computação em nuvem Azure teve crescimento na receita de 76% na comparação com o mesmo período do ano passado. Hoje, o serviço tem 18% do mercado global de infraestrutura na nuvem, perdendo apenas para o Amazon Web Services -- os dados são da consultoria Canalys. 

O foco em Azure, área que já foi liderada pelo atual presidente executivo da Microsoft, o indiano Satya Nadella, ajudaempresa a superar a queda nas vendas de seu produto mais conhecido, o sistema operacional Windows, cuja demanda tem caído junto com a redução nas vendas de computadores pessoais. 

A área de computação pessoal da empresa, que também inclui a divisão de games Xbox, o serviço de busca Bing e a linha de computadores Surface, no entanto, segue sendo a maior da empresa em faturamento: neste trimestre, registrou crescimento de 14,6%, faturando US$ 10,75 bilhões. Já a área de produtividade corporativa, que inclui o Office 365, teve alta nas receitas de 18,6%, subindo para US$ 9,77 bilhões. 

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