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Mercado Livre tem melhor resultado da história no Brasil

Receita da empresa no País somou US$ 143,6 milhões entre outubro e dezembro de 2016, em alta de 91,6% na comparação com o mesmo período de 2015

Por Agências
Atualização:
Stelleo Tolda, do Mercado Livre no Brasil Foto: Clayton de Souza/Estadão

O Mercado Livre vai de vento em popa: nesta quinta-feira, 23, a empresa divulgou os resultados financeiros do quarto trimestre de 2016. No Brasil, o desempenho foi o melhor para um período de três meses na história, com receita líquida de US$ 143,6 milhões – alta de 91,6% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

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O resultado impressiona não só pelos bons números, mas porque surgem em um momento de crise econômica no País, e em um ano em que o comércio eletrônico deixou de crescer dois dígitos – segundo a consultoria Ebit, especializada em comércio eletrônico, o faturamento do setor subiu 7,4% em 2016. Para Stelleo Tolda, presidente executivo do Mercado Livre no Brasil, fatores internos e externos ajudaram a companhia nesse momento. 

“Hoje, o comércio eletrônico no Brasil representa 4% do varejo. Em outros países, como nos Estados Unidos, essa taxa é de cerca de 10%. Ainda há espaço para crescermos, com avanço de smartphones e cultura dos consumidores”, disse ele, em entrevista ao Estado. Segundo Stelleo, as vendas em dispositivos móveis – forma de acesso à internet mais popular no Brasil – hoje já representam 40% do volume transacionado na plataforma. 

Além disso, esforços como o sistema de pagamentos Mercado Pago e a divisão de logística Mercado Envios também auxiliaram a empresa. “Hoje, no Brasil, 100% das nossas transações são feitas via Mercado Pago”, explicou Stelleo. “Queremos fazer o mesmo com o Mercado Envios em 2017 por aqui. É uma forma de podermos controlar a cadeia e melhorar a experiência de vendedores e consumidores.”

Um dos projetos para esse ano da empresa, inclusive, será armazenar os produtos de vendedores de peso. “Quando o cliente fizer a compra, podemos colocar o produto na caixa e entregar para a transportadora. Isso pode nos fazer diminuir o tempo de entrega. É algo incipiente, mas que vamos testar”, diz Stelleo. Por enquanto, porém, o plano da empresa é fazer isso apenas com os produtos de vendedores de grande volume dentro da plataforma. Hoje, 90% das vendas no Mercado Livre são de vendedores profissionais, segundo dados da própria companhia. 

Global. Presente em 19 países, o Mercado Livre também teve resultados relevantes como um todo. No período entre outubro e dezembro de 2016, a empresa teve receita líquida de US$ 256,3 milhões – alta de 42% na relação com o mesmo período do ano anterior. 

Segundo os dados divulgados nesta quinta-feira, o volume bruto de transações (GMV) da empresa latino-americana de comércio eletrônico somou US$ 2,2 bilhões de dólares, aumento de 11% com o mesmo período do ano anterior. A loja também vendeu mais unidades: 51,6 milhões de itens, 40,2% acima do que registrou no ano passado. 

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O Mercado Livre disse que sua receita proveniente da venda de produtos cresceu 41%. A receita gerada pelos demais serviços – como o Mercado Pago e o Mercado Envios cresceu 44% em dólares.Para este ano, a meta é seguir em frente. “Somos líderes na Argentina, no México e no Brasil, mas ainda há muito espaço para crescer em toda a América Latina”, aposta o executivo. 

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