Samsung suspende produção de Galaxy Note 7

Decisão ocorre após casos de explosões envolvendo modelos considerados seguros; Samsung disse estar 'ajustando volumes de produção'

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Por Redação
Atualização:
Galaxy Note 7 sofreu recall no começo de setembro deste ano Foto: Reuters

Após casos de explosões envolvendo modelos considerados seguros do Galaxy Note 7, a fabricante sul-coreana Samsung decidiu interromper a produção do smartphone e parar a distribuição e venda do celular nos países que onde ele já foi lançado. Segundo informações divulgadas pela agência de notícias sul-coreana Yonhap nesta segunda-feira, 10, fornecedores de peças do aparelho já foram informados da paralização da produção do aparelho.

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Segundo fontes ouvidas pela agência, a decisão de suspender a produção e venda foi tomada em conjunto com as autoridades de proteção ao consumidor da Coreia do Sul, dos Estados Unidos e China.  A medida deverá causar maior impacto na Índia e na Europa, onde as vendas do modelo seriam retomadas no próximo dia 28 de outubro.

A decisão ocorre após casos de explosões com celulares que estavam certificados como seguros pela fabricante.Na última semana, um voo nos EUA foi evacuado após um aparelho "seguro"começar a soltar fumaça e esquentar, chegando a queimar o tapete do avião. 

Após o caso, operadoras dos Estados Unidos também anunciaram que iriam trocar os aparelhos de clientes. Verizon, AT&T e Sprint disseram que qualquer consumidor que comprou um Galaxy Note 7 poderá trocá-lo por outro aparelho em suas lojas.

A Samsung não confirmou a suspensão, apenas disse estar ajustando a produção. "Estamos tentando ajustar os volumes de produção para melhorar o controle de qualidade e permitir investigações mais profundas após as crescentes explosões do Galaxy Note 7", disse a fabricante em um comunicado.

Recall. O Galaxy Note 7 sofreu recall global pela Samsung após dezenas de casos de explosões e aquecimento do aparelho. De acordo com a fabricante sul-coreana, mais de 2,5 milhões de unidades, dentre consumidores e varejistas, tiveram que passar pelo recolhimento forçado.

O caso representa um revés para a sul-coreana que depende fortemente da venda de smartphones: 54% de seu lucro operacional foi gerado pelo segmento no primeiro semestre de 2016. 

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