Samsung tem lucro recorde em 2017 graças a demanda por chips

Empresa ganhou US$ 50,2 bilhões no ano passado e se tornou líder global em chips de memória, além de manter posição em televisores e smartphones; unidade de negócios de dispositivos móveis teve queda de 3% na comparação com o ano passado

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Por Agências
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Evento de lançamento ocorrerá em Nova York Foto: EFE/Alberto Est?vez

A sul-coreana Samsung anunciou nesta quarta-feira, 31, que teve lucro recorde em 2017. No ano passado, a empresa ganhou US$ 50,2 bilhões em suas diversas áreas de negócios, que incluem semicondutores, televisores e smartphones, superando o recorde anterior, de 2013, com US$ 34,4 bilhões. Com os bons resultados, a empresa anunciou que vai distribuir US$ 5,4 bilhões em dividendos aos seus acionistas nas próximas semanas. 

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A empresa anunciou ainda que vai fazer uma divisão nas suas ações, aumentando o número de papeis no mercado, mas diluindo o preço de cada papel. É uma estratégia para aumentar os retornos dos investidores. "Não será algo que terá impacto nas receitas da empresa, mas pode aumentar a demanda dos papeis e ter um impacto positivo", avalia o gerente de fundos Kim Sung-Soo, da LS Asset Management, em entrevista à agência de notícias Reuters. 

No ano passado, o negócio de chips da Samsung foi o principal responsável pelos bons resultados da empresa, com lucro acima dos US$ 30 bilhões. Para 2018, a companhia espera repetir bons resultados, dizendo que a demanda por chips pode subir em até 40%, variando de acordo com o tipo de memória, e acalmou os investidores, que temiam que o negócio entrasse em queda no ano que vem. 

Rivais da empresa no segmento, como a Intel, tem mudado de setor e apostado em serviços como servidores e data centers -- um caminho que a sul-coreana não deve seguir. "No longo prazo, a Samsung espera que seu negócio de chips tenha crescimento de demanda por novas aplicações da indústria", disse a companhia. 

Dispositivos móveis. No último trimestre de 2017, a unidade de dispositivos móveis da Samsung, líder global em smartphones, teve lucro de US$ 2,24 bilhões, em queda de 3% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

A empresa disse, porém, que o lançamento do Galaxy S9, previsto para fevereiro, deve minimizar qualquer redução na demanda durante o primeiro trimestre de 2018. No entanto, a Samsung pode sofrer com competição de rivais chineses, como Huawei e Vivo, nos mercados europeu e asiático, ponderou Tom Kang, diretor de pesquisas da consultoria Counterpoint. 

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