• Estadão
  • Opinião
  • Política
  • Economia
  • Internacional
  • Esportes
  • Brasil
  • São Paulo
  • Cultura
  • PME
  • Jornal do Carro
  • E+
  • Paladar
  • Link

Link Estadão

 
  •  inovação
  •  cultura digital
  •  gadgets
  •  empresas
  •  games
Assine Estadão
formulário de busca

Sergey Brin e Larry Page deixam comando da Alphabet, dona do Google

Fundadores do motor de buscas que deu origem a gigante da tecnologia serão substituídos por Sundar Pichai, presidente executivo do Google

03/12/2019 | 20h09

  •      

 Por Bruno Capelas e Giovanna Wolf - O Estado de S. Paulo

Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google

AP Photo/Paul Sakuma

Sergey Brin e Larry Page, fundadores do Google

Leia mais

  • Dona do Google, Alphabet tem lucro de US$ 7 bi no 3º trimestre
  • ‘Sempre haverá um novo bilhão de usuários para conectar’, diz executivo do Google
  • Por que o Google quer democratizar a internet
  • Google faz 20 anos e mira emergentes para crescer

Responsáveis por criar o motor de buscas que deu origem ao Google, o russo Sergey Brin e o americano Larry Page, ambos com 46 anos, estão deixando o comando da Alphabet, holding que controla a gigante de tecnologia americana. Amigos desde a década de 1990, quando se conheceram na Universidade Stanford, os dois fundaram a empresa em uma garagem de Palo Alto em 1998. Agora, saem do dia a dia da companhia e serão substituídos por Sundar Pichai, que hoje comanda o Google. Segundo comunicado oficial, ambos seguirão no conselho de administração. 

“Tem sido um privilégio estarmos no gerenciamento cotidiano da empresa por tanto tempo. Agora, é hora de assumir o papel de pais orgulhosos, oferecendo amor e conselhos, mas não atrapalhando diariamente”, escreveram Brin e Page no comunicado, divulgado após o fechamento das bolsas de valores. 

O mercado reagiu com tranquilidade ao anúncio: depois do fim do pregão, as ações da Alphabet eram negociadas com ligeira alta de 0,63%, em US$ 1.303,50. Antes do anúncio, a empresa encerrou o dia na bolsa Nasdaq cotada a US$ 892 bilhões – é a terceira maior companhia do mundo, atrás de Apple (US$ 1,17 tri) e Microsoft (US$ 1,13 tri). 

Hoje, a companhia tem uma estrutura bem mais complexa que em seu início. Parte disso se deve aos planos ambiciosos dos fundadores. Em 2015, eles criaram a Alphabet para tocar projetos como a empresa de carros autônomos Waymo ou a firma de ciências da vida Verily sem afetar os lucros do Google perante os investidores. 

Nos últimos anos, Page esteve focado em desenvolver estes novos negócios, conhecidos como Outras Apostas (Other Bets, em tradução literal), enquanto o dia a dia do Google era supervisionado pelo indiano Pichai, ex-executivo do sistema operacional Android. “Com a Alphabet agora bem estabelecida e as duas áreas funcionando como companhias independentes, é hora de simplificar nossa estrutura. Mas vamos continuar conversando com Sundar regularmente”, escreveram os fundadores no comunicado. 

Hoje, Page e Brin ocupam o 10º e o 11º lugares entre as pessoas mais ricas do mundo, respectivamente, de acordo com a revista Forbes – sua fortuna conjunta é de US$ 110 bilhões. Além disso, eles mantém mais de 50% das ações ordinárias da empresa. Segundo uma porta-voz do Google, os dois não têm planos de vender ações da empresa. 

Antes conhecidos por fazer grandes aparições públicas, como a do anúncio do Google Glass – em que Brin surgiu dos céus utilizando um par dos óculos de realidade aumentada –, os dois fundadores têm ficado cada vez mais reclusos nos últimos anos, cedendo os holofotes a Pichai, que lidera as principais conferências. 

Além de simplificar a governança corporativa da empresa, a saída de Brin e Page do cotidiano da Alphabet pode ter razões políticas. Nos últimos tempos, o Google entrou na mira de reguladores e legisladores no mundo todo, por conta de seu poder de mercado. Page, no entanto, têm participado pouco das discussões, colocando Pichai na linha de frente, o que também fez o fundador ser bastante criticado. Não é difícil imaginar que a promoção do indiano pode mitigar esse problema. 

“O próximo capítulo da empresa será bastante sobre política, privacidade de dados e regulamentação”, disse o analista da Loup Ventures Gene Munster em entrevista à Bloomberg. “Não é uma surpresa pensar que os fundadores não queiram ter de se dedicar ao que pode se aproximar para o Google nos próximos anos. Eles confiam em Pichai para fazer esse trabalho difícil, senão não o indicariam.” / COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

19 fatos sobre o Google

  •      
1996

Foto: Reuters

Os criadores do Google, Larry Page e Sergey Brin se conheceram na faculdade enquanto cursavam PhD e, em pouco tempo, mudariam a maneira com que os internautas navegam na internet para sempre. Um dos principais dilemas da época era como se aventurar por uma infinidade de páginas sem se perder no meio do oceano digital. Já existiam softwares capazes de encontrar textos específicos na rede, mas eles eram muito primitivos. O programa criado por Larry Page e Sergey Brin para pesquisar páginas da internet começou a funcionar em março de 1996 e foi usado para um trabalho na Universidade de Stanford. Em vez de privilegiar a quantidade de vezes que as palavras procuradas eram citadas nos textos, eles propuseram um método baseado na quantidade de links e referências de outras páginas relevantes para criar um ranking. Esse foi o princípio que diferenciou a busca do Google de outros serviços semelhantes anos depois.

1998

Foto: Reddit

O domínio google.com foi criado em setembro de 1997, pois até então o buscador funcionava atrelado ao site da Universidade de Stanford. A empresa, no entanto, foi fundada formalmente apenas no ano seguinte, em 4 de setembro de 1998. Ao final desse ano, já tinha 60 milhões de páginas em seu acervo. 

1999

Foto: Reprodução/YouTube

A primeira patente do Google foi registrada em agosto de 1999, e tratava de um mecanismo de proteção de dados para arquivos de áudio, vídeo, texto ou imagens. 

2000

Foto: Pixabay

O Google começou a vender anúncios baseados em palavras chave, depois que seu buscador ganhou popularidade entre os usuários de internet da época.

2001

Foto: Divulgação

A primeira aquisição do Google foi da Deja News, um sistema de busca que encontrava mensagens específicas na plataforma de discussões Usenet. Esse mecanismo era inovador na época por permitir acesso público e fácil, com uma interface simples para os usuários, a debates em fóruns online.

2003

Foto: Reuters

A empresa, que já havia se mudado para Palo Alto em 1999, passou a habitar sua sede definitiva em 2003: um complexo de edifícios em Mountain View, no Vale do Silício, próximo a São Francisco. O sonho da casa própria só se realizou, contudo, em 2006, com a compra do imóvel, que era propriedade da Silicon Graphics, por módicos US$ 319 milhões. 

2004

Foto: Reprodução

Um engenheiro turco, funcionário do Google, chamado Orkut Büyükkökten, projetou uma plataforma de relacionamento entre usuários com seu próprio nome e revolucionou a maneira de muitas pessoas interagirem na internet. A rede social -- o Orkut -- foi um sucesso no Brasil e na Índia, e permaneceu ativa por uma década. No entanto, pouco popular nos EUA e na Europa, ela acabou perdendo força e foi superada pelo Facebook.

2004

Foto: Pixabay

Um dos eventos mais aguardados da história do setor de tecnologia foi a abertura de capital da Google, que aconteceu poucos anos após o estouro da bolha da internet. O faturamento anual da empresa na época era de US$ 1,5 bilhão.

2004

Foto: Reuters

No mesmo ano, a Google começou a se lançar em projetos diferentes e passou a oferecer serviços muito além da tradicional busca. Em 2004, lançou um serviço de webmail, o Gmail, que passaria a ganhar ainda mais importância anos mais tarde, com a unificação das contas dos usuários de diversos produtos da empresa.

2005

Foto: Pixabay

Apesar de o Android ser conhecido hoje como o mais popular sistema operacional de smartphones no mundo, essa história começou em 2005, quando o Google incorporou uma empresa com esse mesmo nome. O produto final foi lançado ao público apenas em 2008, no HTC Dream, o primeiro celular a rodar o sistema. 

2006

Foto: Pixabay

O serviço de compartilhamento de vídeos YouTube foi comprado pelo Google apenas um ano e meio do registro de seu domínio em uma transação de US$ 1,65 bilhão. Na época, 65 mil vídeos eram hospedados no site diariamente. 

2008

Foto: Pixabay

Para competir com o Internet Explorer, então principal navegador do mundo, a empresa lançou o Chrome, que implementava diversos recursos exclusivos graças aos mecanismos de pesquisa do Google.

2010

Foto: Divulgação

O lançamento do primeiro smartphone do Google foi um acontecimento de grandes proporções para o setor. O Nexus One foi, na verdade, produzido pela HTC, e inaugurou uma linha tradicional que sempre teve como característica a alternância de fabricantes e a demonstração de novidades do Android, o sistema operacional para dispositivos móveis da empresa. 

2011

Foto: Pixabay

Uma das mais bem-sucedidas fabricantes de smartphones, a Motorola foi comprada pela Google em 2011, e ficou menos de três anos sob os cuidados da gigante de Mountain View, tendo sido vendida em 2014 para a Lenovo. 

2012

Foto: Reuters

Após alguns anos de lobby, o estado de Nevada, nos Estados Unidos, aprovou uma lei permitindo o uso de carros autônomos para testes, e a Google colocou no asfalto o seu projeto de carro sem motorista. O plano do Google é desenvolver a tecnologia de veículos autônomos e lançá-la comercialmente até 2020. 

2013

Todo mundo pensou que o futuro havia chegado quando o Google Glass foi anunciado. Os óculos hi-tech da empresa prometeram muitas possibilidades, mas as expectativas não sobreviveram ao lançamento. Problemas com privacidade, preço alto e qualidade que deixou a desejar marcaram um dos principais fiascos da empresa. 

2015

Foto: Reuters

Sundar Pichai torna-se o novo presidente-executivo do Google na maior reorganização da história da empresa. Ela passou a atuar sob o guarda-chuva da Alphabet, uma holding criada por Larry Page que controla não apenas o Google como seus serviços e empresas relacionadas – caso da Google Ventures, braço de investimento da empresa, e do Laboratório X, responsável por projetos de inovação como o carro sem motorista. 

2016

Foto: Reuters

A principal novidade da empresa em 2016 foi a mudança de sua linha de smartphones do Nexus para o Pixel e o Daydream, sua plataforma de realidade virtual, que será lançada em 10 de novembro. 

2019

Foto: Stuart Ramson/Associated Press

Sergey Brin e Larry Page deixam comando da Alphabet, dona do Google – os dois seguem no conselho de administração. Quem assume é Sundar Pichai

    Tags:

  • Alphabet
  • Google
  • Sergey Brin
  • Larry Page
  • Sundar Pichai

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.

Assine o Estadão Já sou Assinante

Tendências

  • Macaco da Neuralink joga Pong com o 'poder da mente'; assista
  • Dados de 1,3 milhão de usuários do Clubhouse são expostos na internet
  • Uber Eats junta-se com Instagram e restaurantes poderão publicar stories
  • Vazamento de dados: veja tudo o que já sabemos sobre o caso
  • Bateria, sensores e potência: saiba como escolher um robô-aspirador de pó

Mais lidas

  • 1.O Terça Livre é só o começo
  • 2.Vazamento de dados: veja tudo o que já sabemos sobre o caso
  • 3.Neuralink, de Elon Musk, fez macaco jogar videogame com chip no cérebro
  • 4.De olho no setor industrial, Peerdustry recebe aporte de R$ 3 milhões
  • 5.LG anuncia estilo de vida mais inteligente
  • Meu Estadão
  • Fale conosco
  • assine o estadão
  • anuncie no estadão
  • classificados
  •  
  •  
  •  
  •  
  • grupo estado |
  • copyright © 2007-2021|
  • todos os direitos reservados. Termos de uso

compartilhe

  • Facebook
  • Twitter
  • Linkedin
  • WhatsApp
  • E-mail

Link permanente