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Sites de jornais americanos limitam acesso de cidadãos europeus

Medida foi adotada por algumas empresas para evitar sanções previstas na nova lei de privacidade de dados da União Europeia, que entrou em vigor nesta sexta-feira, 25

Por Redação Link
Atualização:
O jornalLos Angeles Timesfoi um dos meios de comunicação que tiveram seus sites bloqueados na Europa Foto: REUTERS/Mario Anzuoni

A lei de privacidade da União Europeia, chamada de Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados Pessoais (GDPR, na sigla em inglês), entrou oficialmente em vigor nesta sexta-feira, 25, e seus efeitos já começaram a ser sentidos nos Estados Unidos. Dezenas de jornais americanos bloquearam o acesso de cidadãos da União Europeia, como opção para se protegerem de sanções que poderiam ser impostas pelas regras da nova regulamentação.

Entre os sites que saíram da rede, estão os que pertencem às empresas Lee Enterprise e Tronc: Los Angeles Times,New York Daily News, St. Louis Dispatch, Chicago Tribune e Orlando Sentinel. Quando o usuário acessa uma dessas páginas, ele recebe uma mensagem dizendo que o site foi suspenso por tempo determinado. Essa lista de sites que saíram do ar foi revelada pela BBC.

Mensagem exibida nas páginas dos sites que saíram do ar por não aderirem às regras da nova lei de privacidade da União Europeia, a GDPR. Foto: AP

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O bloqueio dessa lista de sites não aconteceu por decisão da União Europeia que, segundo apurou o Estado, deve se concentrar em um primeiro momento em fiscalizar gigantes da internet, como Google e Facebook; empresas de menor porte devem ficar para uma segunda fase da fiscalização, embora já estejam sujeitas à sanções a partir desta sexta-feira. Empresas brasileiras que oferecem produtos e serviços em países da União Europeia também estão sujeitos às sanções.

Regulamentação. A nova lei de privacidade na internet elaborada pela União Europeia tenta equilibrar a relação entre empresas, que captam e exploram dados pessoais, e usuários, cada vez mais vulneráveis à invasão de privacidade. Em resposta aos anos de exploração quase ilimitada dos dados, a norma foi elaborada para proteger cidadãos europeus, mas deve ter implicações em todo o mundo.

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