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Slack e Pinterest também abrirão capital em 2019

Fundadas após a crise de 2008, startups cresceram com investimento de risco e marcam novo ciclo de maturidade do Vale

Por Mariana Lima e Giovanna Wolf
Atualização:

Se fosse só pelas empresas da economia compartilhada, 2019 já poderia ser um grande ano para abertura de capital de companhias de tecnologia nos Estados Unidos. Mas há mais: nomes quentes do Vale do Silício, como Slack e Pinterest, também se preparam para serem listadas no mercado aberto no próximo ano. 

Há um aspecto curioso que une essas companhias: terem nascido na época da crise de 2008. Para especialistas, elas souberam crescer junto com a economia americana nos últimos dez anos. Muitas alcançaram avaliações de mercado bilionárias, amparadas pelo capital de risco. Agora, vão em busca de investimento na Bolsa, em um movimento considerado como sinal de amadurecimento de uma nova geração de startups. 

Rentável. Silbermann, do Pinterest, aposta na publicidade Foto: Nilton Fukuda/Estadão

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“Essas empresas receberam grandes aportes. É um sinal de que seu negócio está consolidado. Já não há mais grandes opções para levantarem dinheiro, além de abrir capital”, avalia Paulo Furquim, professor do Insper. 

É o caso do Pinterest, que já levantou US$ 1,5 bilhão em 14 rodadas de investimentos. Concebida como uma rede social de interesses, que ajuda 200 milhões de usuários a organizarem arquivos e ideias de forma visual, a startup é avaliada hoje em US$ 15 bilhões. Agora, a expectativa é atrair investidores interessados no crescimento exponencial de seu faturamento com publicidade – a empresa lucra com anúncios de empresas de moda, varejo, beleza e itens de decoração que buscam o público do app. 

Empresarial. O Slack, plataforma de mensagens instantânea para corporações, é outra startup que deve debutar no mercado financeiro no ano que vem. Avaliada em US$ 7 bilhões, a empresa tem atraído clientes no mundo inteiro e compete de frente com gigantes como a Microsoft, que integrou serviços similares à da startup ao pacote de produtividade Office. 

Por enquanto, o Slack evita comentar as estratégias do IPO. Em cinco anos de existência, a empresa captou US$ 841 milhões em rodadas de financiamento – entre seus investidores está o grupo japonês SoftBank, que também controla fatias significativas do Uber e da chinesa Didi Chuxing, dona da brasileira 99.

Quem também pode chegar à Bolsa é o Palantir, empresa de análise de dados que presta serviços ao governo americano e ao mercado financeiro.

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Avaliada em cerca de US$ 40 bilhões, a companhia foi fundada por Peter Thiel – nome bastante tarimbado no Vale do Silício por ter criado o PayPal e ser um dos primeiros investidores do Facebook. 

Para Azevedo, as estreantes não terão trabalho para convencer investidores. “Empresas de perfis semelhantes deram certo na Bolsa.” / M.L., B.R. e G.W. 

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