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Slack faz pedido confidencial para abertura de capital

Aplicativo corporativo de mensagens espera ser avaliado em US$ 10 bilhões; empresa pode usar mesmo método que o Spotify para chegar à bolsa

Por Agências
Atualização:
O Slack foi avaliado em US$ 7,1 bilhõesdepois de uma rodada de financiamento em agosto Foto: REUTERS/Dado Ruvic

O aplicativo de mensagens corporativas Slack disse nesta segunda-feira, 4, que fez um pedido confidencial de oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) à autoridade regulatória americana Securities and Exchange Comission. 

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A empresa, que espera ser avaliada em US$ 10 bilhões ao abrir seu capital, considera uma listagem direta – instrumento pelo qual as ações são simplesmente postas à venda na bolsa, sem um "leilão" anterior. Pouco usual, a listagem direta (DPO) foi utilizada pelo Spotify no ano passado, quando o serviço de streaming sueco chegou à bolsa. 

O Slack, porém, não especificou ainda quantas ações pretende vender nem qual o preço esperado para suas ações. Criado em 2013, o serviço permite que equipes e negócios se comuniquem por meio de grupos por seu aplicativo, disponível para PCs e smartphones. Em muitas empresas, o serviço já foi capaz de substituir o email. 

É possível usar o serviço de forma gratuita, mas com funções limitadas – a empresa libera ferramentas avançadas para quem paga pelo serviço. As assinaturas variam de acordo com o número de funcionários de cada companhia.Segundo a empresa, hoje há 85 mil clientes pagantes do Slack no mundo – um crescimento de 50% ano a ano, nos últimso cinco anos. 

Hoje, o Slack enfrenta a concorrência de gigantes como a Microsoft, o Google e a Cisco, que dominam o mercado de colaboração em ambientes de trabalho. É um setor que deve render cerca de US$ 3,2 bilhões até 2021. Desde sua fundação, o Slack já levantou US$ 1,2 bilhões. Entre eles, está o grupo japonês SoftBank, que também tem participações no Uber, no WeWork e na chinesa Didi, dona do aplicativo de transportes brasileiro 99. 

Contexto. O plano da empresa para se tornar listada em bolsa acontece quando o mercado de capitais tem de lidar com extrema volatilidade, em meio à desaceleração da economia global e a guerra comercial entre EUA e China. No entanto, 2019 tem sido um ano bem visto pelo mercado de tecnologia para idas à bolsa: Uber, Lyft, Airbnb e a rede social Pinterest também devem abrir capital este ano. 

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