PUBLICIDADE

SoftBank corta equipe de robótica e reduz ambição no setor

O grupo japonês também parou de produzir o Pepper, apontado como o primeiro robô com 'um coração'

Por Agências
Atualização:
O SoftBank planeja eliminar cerca de metade de seus 330 cargos na França em setembro Foto: Reuters

SoftBank está cortando empregos em seu negócio global de robótica, de acordo com fontes e documentos analisados pela agência de notícias Reuters. O grupo japonês também parou de produzir seu robô Pepper e tem reduzido suas ambições no setor.

PUBLICIDADE

A produção do humanóide Pepper, apontado como o primeiro robô com "um coração", foi interrompido no ano passado, segundo a Reuters. Seria caro reiniciar a produção, disseram duas fontes.

Montado pela Foxconn na China, o Pepper foi criado para ajudar a cobrir a escassez de mão de obra, mas teve dificuldade em encontrar uma base de clientes global. Apenas 27 mil unidades foram produzidas, disse uma das fontes.

O recuo reflete o enfraquecimento do plano do presidente-executivo Masayoshi Son de tornar o SoftBank o líder na indústria de robótica, produzindo máquinas semelhantes a humanos que pudessem servir clientes e cuidar de crianças.

Nesse contexto, o SoftBank planeja eliminar cerca de metade de seus 330 cargos na França em setembro, de acordo com quatro fontes e documentos – o grupo japonês começou no setor com a aquisição em 2012 da firma francesa de robótica Aldebaran.

Metade da equipe já foi cortada de operações de vendas menores nos Estados Unidos e no Reino Unido, disseram três das fontes, com funcionários no Japão transferidos do negócio de robótica.

Na França, as negociações sobre demissões estão em andamento e os números finais não foram decididos, disse um porta-voz do SoftBank. Funcionários também foram demitidos nos EUA e no Reino Unido e realocados no Japão, disse o porta-voz.

Publicidade

A SoftBank "continuará a fazer investimentos significativos em robôs de próxima geração para atender nossos clientes e parceiros", disse a empresa francesa de robótica em um comunicado.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.