SoftBank defende a saída do presidente executivo da WeWork, diz jornal

De acordo com fontes ouvidas pelo Wall Street Journal, o grupo japonês SoftBank acredita que a mudança de liderança seria uma medida para a saúde da empresa a longo prazo

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Por Redação Link
Atualização:
Adam Neumann, presidente executivo daWeWork Foto: Eduardo Munoz/Reuters

O presidente executivo do SoftBank Masayoshi Son e alguns diretores da WeWork defendem a saída de Adam Neumann da liderança da startup de escritórios compartilhados, de acordo com o jornal Wall Street Journal, que escutou fontes familiarizadas com o assunto. A reportagem afirma que os diretores do grupo japonês planejam se encontrar ainda nesta semana para propor que Neumann deixe o cargo na WeWork. O SoftBank é o maior patrocinador da companhia, que planeja fazer sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) este ano. 

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Segundo a reportagem, há também alguns membros do conselho da WeWork que defendem a permanência de Neumann como presidente executivo. A WeWork enxerga o posicionamento do SoftBank como um esforço para evitar que a empresa abra capital. 

A agência de notícias Reuters informou na semana passada que a We Company, dona da WeWork, poderia buscar uma avaliação em seu IPO entre US$ 10 bilhões e US$ 12 bilhões, um desconto relevante em comparação com a avaliação de US$ 47 bilhões alcançada em janeiro.

De acordo com as fontes ouvidas pelo jornal, o SoftBank acredita que a mudança de liderança seria uma medida para a saúde da empresa a longo prazo. 

Na semana passada, a We Company adiou seu IPO após uma fraca resposta dos investidores aos seus planos – a expectativa era de que o IPO acontecesse este mês.A startup norte-americana de escritórios compartilhados estava se preparando para um roadshow de investidores para sua abertura de capital antes de tomar a decisão de última hora de desistir. 

A We Company enfrenta preocupações com seus padrões de governança corporativa, bem como com a sustentabilidade de seu modelo de negócio, que se baseia em uma mistura de passivos de longo prazo e receita de curto prazo. 

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