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SoftBank quer arrecadar US$ 41 bilhões com venda de ativos

Empresa planeja reduzir dívidas e restaurar confiança de investidores em meio à crise financeira causada pelo coronavírus e apostas ruins do fundo Vision Fund

Por Agências
Atualização:
O SoftBank injetou US$ 2,5 bilhões de seu próprio capital em novos investimentos desde outubro 

O grupo japonês SoftBank anunciou nesta segunda-feira, 23, um plano ambicioso para restaurar a confiança do mercado. A empresa pretende vender US$ 41 bilhões em seus ativos para conseguir recomprar ações e reduzir dívidas, enquanto sofre com dois problemas: a crise financeira causada pelo coronavírus e as apostas ruins que fez no mundo da tecnologia, por meio de seu fundo de investimentos, o Vision Fund. 

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Nos últimos dois trimestres financeiros, o Vision Fund teve prejuízos enormes e agora será afetado pelo coronavírus. Entre os ativos que a empresa pretende vender, é possível que existam participações em empresas como a operadora americana Sprint e a gigante do e-commerce chinesa Alibaba, afirmam analistas. Em 2016, a empresa já havia vendido uma parte de sua participação na chinesa para comprar a projetista de chips britânica ARM. 

Após a divulgação dos planos, as ações do SoftBank subiram 19% na bolsa de valores de Tóquio. A empresa pretende comprar cerca de US$ 23 bilhões em ações de seus acionistas ao longo do próximo ano. No entanto, mesmo com a valorização desta segunda-feira, o SoftBank ainda tem desvalorização de 33% ao longo de 2020. 

“Essa atitude vai nos permitir fortalecer nosso balancete e reduzir dívidas”, disse Masayoshi Son, presidente executivo do grupo, em uma nota, sem especificar quais ativos deve vender. Ele tem sido bastante criticado nos últimos meses por ter feito apostas arriscadas em empresas sem modelo de lucratividade definido, como o WeWork e o Uber. “Os investidores estão preocupados”, disse Kirk Boodry, analista da Redex Holdings, fazendo referência à reticência de Son em apostar em menos empresas. 

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