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Spotify vê crescer usuários e assinantes com continuidade da pandemia

Analistas se decepcionaram com o resultado e expectativas para 2021 são baixas com o fortalecimento de serviços concorrentes

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Por Guilherme Guerra
Atualização:
Spotify quer manter a liderança mundial na guerra dos serviços de streamings de áudio Foto: Lucas Jackson/Reuters

O Spotify continua surfando na onda da pandemia de covid-19, que exige que a população mantenha o isolamento social — a demanda por serviços online têm crescido, conforme as pessoas deixam de ir para a rua e permanecem em casa.

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A plataforma de streaming de músicas e podcasts viu sua base de usuários ativos mensais crescer para 356 milhões, crescimento de 24% em relação há um ano, e de assinantes para 158 milhões, alta de 21% no mesmo período de 2020. As informações foram publicadas nesta quarta-feira, 28, em balanço financeiro referente ao primeiro trimestre de 2021 da empresa sueca.

“Estou feliz com a continuidade do momentum que nós estamos vendo em muitos aspectos do nosso negócio neste trimestre, incluindo nosso crescimento de base de assinantes”, disse o CEO e fundador do Spotify, Daniel Ek, em comunicado aos investidores. “(O ano de) 2020 foi muito forte para o Spotify e nós acreditamos que estamos bem posicionados para extender a nossa liderança pelo mundo conforme avançamos.”

O Spotify anunciou que teve lucro de € 23 milhões, cerca de € 1 milhão a mais que há um ano. A receita subiu para € 2,1 bilhões, alta de 16% ante o mesmo trimestre de 2020.

O mercado não reagiu bem ao resultado financeiro do Spotify. Analistas esperavam uma taxa de crescimento maior de assinantes pago (o modelo mais rentável para a companhia), de 9 milhões de pessoas no trimestre, e não de 3 milhões, como foi anunciado. Durante a manhã desta quarta-feira, no horário de Brasília, as ações da empresa caíam por volta de 8,5% na Nasdaq. 

Atualmente, o Spotify está disponível em 178 mercados diferentes e tem investido para impulsionar a plataforma de podcasts. Nesta semana, lançou um serviço de assinatura de podcasts para competir com a Apple, que na semana passada anunciou serviço próprio — ao contrário da concorrente americana, a sueca promete não exigir taxas dos produtores de conteúdo nos próximos dois anos.

Além disso, nesta semana, o Spotify reajustou os preços dos seus planos de assinaturas em diversas partes do mundo, incluindo o Brasil. Por aqui, o plano Família, mais caro, pode chegar a até R$ 34,90.

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Expectativas são baixas

Para o atual trimestre, o Spotify baixou as expectativas quanto ao crescimento do número de assinantes porque o serviço enfrenta a concorrência crescente do Apple Music, Amazon Music e vários outros rivais menores.

A empresa espera um total de assinantes premium na faixa de 162 milhões a 166 milhões neste segundo trimestre. A previsão dos analistas é de 166,1 milhões, segundo o IBES, da Refinitiv.

Já a previsão do Spotify é de receita total entre € 2,16 e € 2,36 bilhões de abril a junho deste ano. Os analistas esperavam receita de € 2,27 bilhões.

O Spotify, que tinha serviços em 86 novos países no primeiro trimestre, disse que o crescimento nos Estados Unidos, México, Rússia e Índia compensou o crescimento abaixo do esperado na América Latina e Europa. / COM REUTERS

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