Startup chinesa pode valer US$ 75 bi após aporte da SoftBank, diz agência

Segundo a 'Bloomberg', japonesa deve investir US$ 1,5 bilhão na Bytedance, empresa de conteúdo que comprou o Musical.ly; com rodada, startup pode valer mais que o Uber

PUBLICIDADE

Por Redação Link
Atualização:
Com aporte, Bytedance ficaria à frente de startups como Uber e Airbnb em valor de mercado Foto: Reuters/Stringer

O grupo japonês Softbank pode investir US$ 1,5 bilhão na startup chinesa Bytedance, conhecida por aplicativos de conteúdo como o agregador de notícias Toutiao e a rede social de vídeos Tik Tok. As informações foram publicadas pela agência de notícias Bloomberg nesta sexta-feira, 28, citando fontes próximas ao assunto. 

PUBLICIDADE

Segundo a publicação, o acordo faria da Bytedance a segunda maior startup do mundo, avaliada em US$ 75 bilhões – acima do Uber, hoje em US$ 72 bilhões, e abaixo apenas da Ant Financial, braço financeiro da chinesa Alibaba, cujo valor é estimado em US$ 150 bilhões. Além da SoftBank, os fundos KKR e General Atlantic podem participar da rodada, que ainda não está fechada. Nesta captação, a Bytedance busca obter US$ 3 bilhões em investimentos. 

A empresa é bastante popular no Oriente, chegando a ter 500 milhões de usuários mensalmente ativos no Tik Tok, misto de ferramenta de publicação de vídeos curtos com rede social. Em agosto, o Tik Tok se fundiu ao americano Musical.ly, que tem ferramentas semelhantes, depois que a Bytedance comprou o aplicativo ocidental por US$ 1 bilhão

Fundada em 2012 pelo engenheiro de software Zhang Yimming, hoje com 35 anos, a Bytedance aos poucos começa a desafiar as gigantes locais, como Tencent e Alibaba. Ao contrário de outras startups chinesas de sucesso, como Didi ou Meituan, ela cresceu sem apoio das grandes companhias de internet do país asiático. 

"A coisa mais importante é que não somos um negócio de notícias. Somos um misto entre um serviço de busca e uma plataforma de redes sociais", disse Zhang, em uma entrevista de 2017. Apesar de ter um serviço agregador de notícias, o executivo diz não dar emprego a jornalistas, sejam editores ou repórteres. "Estamos fazendo trabalho inovador. Não somos uma cópia de uma empresa americana, nós desenvolvemos produto e tecnologia." 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.