Supermicro afirma que investigação não encontrou chips maliciosos em suas placas-mãe

O resultado vai contra a informação publicada em outubro pela Bloomberg, que disse que espiões chineses inseriram chips maliciosos em sistemas americanos, por meio das placas-mãe da fornecedora

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Por Redação Link
Atualização:
A Supermicro é uma empresa americana, mas monta placas-mãe na China Foto: REUTERS/Dado Ruvic

A Supermicro, uma das principais fornecedoras de servidores a companhias dos Estados Unidos, afirmou nesta terça-feira, 11, que investigações de uma empresa externa não encontraram evidências de que chips maliciosos foram inseridos em placas-mãe produzidas pela Supermicro. O resultado vai contra a informação publicada em outubro pela Bloomberg, que disse que espiões chineses inseriram chips maliciosos em sistemas americanos, por meio das placas-mãe da fornecedora. 

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A Supermicro é americana, mas monta placas-mãe na China. Em declaração, a empresa disse que não estava surpresa com o resultado das investigações. Desde a publicação da reportagem, a Supermicro nega as alegações. Ainda em outubro, Charles Liang, presidente executivo da empresa, disse em uma declaração obtida pelo site CNBC que “a Bloomberg deve agir de forma responsável e retratar as suas alegações, que não se sustentam, de que chips maliciosos foram inseridos em nossas placas-mãe durante o processo de fabricação”.

Uma pessoa familiarizada com o assunto disse à agência de notícia Reuters que a investigação foi conduzida pela empresa Nardello & Co, que oferece esse tipo de serviço, e que os clientes da fornecedora poderiam pedir mais detalhes sobre as descobertas da investigação. A fonte disse ainda que foram testadas amostras de placas-mãe em produção, e também as versões vendidas à Apple e à Amazon, citadas na reportagem. 

Entenda o caso. Segundo uma reportagem da Bloomberg publicada em outubro, o governo da China, por meio da unidade do Exército de Libertação do Povo Chinês, teria inserido um minúsculo e imperceptível chip nas placas-mãe produzidas pela Supermicro.

De acordo com a reportagem, a hipótese é de que a operação tinha a meta de obter segredos comerciais valiosos e de invadir redes governamentais, mas não há evidência de que dados de empresas ou de usuários tenham sido roubados ou adulterados. 

A Bloomberg afirma que a Apple e a Amazon teriam descoberto o ataque por meio de investigações internas e que avisaram as autoridades dos Estados Unidos. As duas empresas negaram que isso tenha ocorrido. 

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