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Tablet para ler quadrinhos e pagar contas

Brasileiros compram aparelho para atividades mais específicas do que as feitas no celular

Por Galeno Lima e Pedro Leite
Atualização:
Caroline Freire comprou tablet para ler histórias em quadrinhos Foto: Sergio Castro/Estadão

Encontrar um tablet a um preço acessível. Era só isso que pensava a microbiologista Caroline Freire, de 32 anos. Em uma viagem a Curitiba, a paulista se encantou com uma nova forma de ler seus quadrinhos. “O tablet é bem mais confortável. O computador é pesado e esquenta muito. O espaço do teclado também atrapalha porque a tela fica afastada de você”, explica ela. 

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Em fevereiro, ela comprou seu primeiro tablet. Além de economizar espaço na estante, a compra ajudou Caroline, a economizar: “Há vários sites que oferecem títulos de graça, então, além de prático, é econômico. Em seis meses, eu já cobri o valor da compra do tablet.” 

Caroline, porém, não gosta muito de usar o dispositivo para outras atividades. “Acho ruim de digitar”, diz a microbiologista. “Se não fosse meu hábito de ler quadrinhos, acho que só compraria se tivesse filhos.”

Foi exatamente essa a motivação de Luane Moreira, de 45 anos, para comprar um tablet. “Meu filho ficou um ano inteiro pedindo para ganhar um tablet, só que eu tinha medo de não conseguir controlar o tempo que ele passa usando isso”, conta a técnica em segurança do trabalho. Ela e o filho Lorran moram em Piraí do Sul, no Paraná, onde o menino de 12 anos o carrega para cima e para baixo.

Em casa, o menino usava o computador para ver desenhos na internet. “Mas o que ele queria mesmo era assistir aos programas em todo lugar que estivesse”, diz Luane, que não deixa ele levar o aparelho para a escola, para que a diversão não atrapalhe os estudos. Ela decidiu ceder quando o filho escolheu abrir mão de um ovo de Páscoa para ganhar o aparelho.

Para Lorran, a tela de um celular é pequena demais para a diversão. “Nunca uso telefone para falar, então quis um tablet, que tem uma tela maior, bem melhor para assistir meus programas favoritos”, diz o menino. Quando não está vendo vídeos, Lorran usa o tablet para trocar mensagens com os amigos pelo WhatsApp.

Primeiros passos. Já aposentada Omenar Schmitz, de 87 anos, está aprendendo a usar o tablet. Ela quer usar o aplicativo WhatsApp, por exemplo, para conversar com a família. O filho também tem ajudado a aposentada a pagar contas no banco usando o aparelho. Antes, ela pagava as contas no caixa eletrônico, mas com a introdução de tecnologias como biometria, ela deixou de usar por não entender como funciona. 

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