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Querendo limpar a barra, Facebook tenta explicar como funcionava o acesso a mensagens privadas

A rede social admitiu que parceiros como o Netflix e o Spotify tinha acesso a ferramenta de ler, escrever e excluir as mensagens; segundo a empresa, porém, nenhum terceiro estava lendo mensagens privadas de usuários

Por Redação Link
Atualização:
Mark Zuckerberg é presidente executivo do Facebook Foto: Lawrence Jackson/The New York Times

Em mais um esforço para limpar sua reputação, o Facebook publicou nesta quarta-feira, 19, um novo texto em seu blog negando as acusações feitas por uma reportagem do The New York Times, que afirmou que a rede social compartilhou, sem o devido consentimento, dados de seus usuários com 150 companhias, como Microsoft, Amazon e Yahoo. Desta vez, a rede social deu detalhes sobre um dos pontos mais polêmicos da reportagem: a de que permitia parceiros como, o Netflix e o Spotify, a ter acesso a mensagens privadas de usuários.

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De acordo com a postagem, parceiros como o Netflix e o Spotify tiveram acesso às ferramentas que permitiam usuários ler, escrever e excluir as mensagens. A empresa explica que essa permissão fazia parte de uma integração da rede social com aplicativos. “Tornamos possível que as pessoas enviassem mensagens para seus amigos sobre a música que estavam ouvindo no Spotify ou o que estavam assistindo no Netflix diretamente dos aplicativos do Spotify ou Netflix”, disse o Facebook.

 Entretanto, o Facebook afirma que mesmo com essa permissão de acesso à ferramenta, nenhum terceiro estava lendo mensagens privadas de usuários ou escrevendo mensagens para amigos dos usuários sem consentimento. Segundo a rede social, a integração só era possível se o usuário fizesse login nos serviços com a conta do Facebook. O Facebook afirmou que essas parcerias que envolviam mensagens eram funcionalidades experimentais e já não estão disponíveis há quase três anos.

Outro ponto da reportagem do The New York Times  acusou o Facebook de repassar essas mensagens sem o consentimento de usuários – informação que a empresa também negou. “Essas experiências foram discutidas publicamente. E eram claras para os usuários”, afirmou a rede social em seu site. No comunicado da empresa em inglês, o Facebook inseriu um link para uma reportagem do site Mashable sobre a integração do Netflix com a rede social para indicar que o assunto era de conhecimento público. Na versão em português da mesma nota consta um linkdo Banco do Canadá para o mesmo trecho. Em nenhum dos dois links há uma declaração de transparência feita pela própria empresa. 

Entenda o caso. A reportagem do The New York Times, publicada nesta quarta-feira, 19, afirmou que o Facebook compartilhou dados de usuários com gigantes de tecnologia. Segundo o jornal, em troca dos dados, a rede conseguiu atrair novos usuários e turbinar seu modelo de negócios, baseado em exibição de anúncios publicitários.

Logo após a publicação da reportagem, o Facebook rebateu as informações e disse que não cedeu acesso a dados pessoais sem permissão dos usuários a empresas parceiras. “Nenhuma dessas parcerias ou recursos concedeu às empresas acesso a informações sem a permissão dos usuários, nem violaram nosso acordo de 2012 com a Comissão Federal do Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês)”, disse Konstantinos Papamiltiadis, diretor de plataformas de desenvolvedores e programas do Facebook, no site da empresa. 

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