A fabricante de carros Tesla, de Elon Musk, está sendo processada nos Estados Unidos pela empreiteira American Integrated Services (AIS). No caso, a fornecedora alega que a montadora não pagou cerca de US$ 500 mil dos US$ 3,6 milhões combinados em contrato por serviços prestados na fábrica de Fremont, na Califórnia. Lá, a empresa produz o sedã Model 3, considerado por analistas como principal esperança da empresa para ganhar escala.
O caso foi entregue à Justiça de Oakland, na Califórnia, na última terça-feira. Segundo a Tesla, trata-se de uma “disputa comercial menor”. “Pagamos a AIS pelo trabalho que autorizamos que fosse feito. O que eles estão reclamando na Justiça é por trabalho que não autorizamos”, disse a empresa ontem, por meio de nota.
Instabilidade. A questão surge em meio a um período conturbado para a Tesla: nas últimas semanas, a empresa chegou a perder mais de US$ 15 bilhões em valor de mercado, após relatórios divulgarem que a empresa estava tendo problemas para acelerar a produção do Model 3.
Segundo a imprensa especializada em automóveis nos EUA, a produção do Model 3 não ultrapassará 2 mil carros por semana – 500 a menos do que previsto e anunciado pela Tesla.
A Tesla vem sofrendo com problemas de produção do modelo desde julho de 2017, quando ele foi lançado. O não cumprimento de metas, fez com que a Moody’s rebaixasse a nota da empresa na semana passada.
Para tranquilizar o mercado, a empresa disse que está investindo para chegar à produção de 5 mil Model 3 por semana em até três meses e que não precisará de recursos além do planejado para 2018. Com isso, a empresa acalmou o mercado e recuperou metade do valor perdido – hoje, ela vale US$ 50,6 bilhões.
Além disso, a empresa também está sendo afetada com a repercussão de um acidente fatal envolvendo um Model 3 na semana passada.