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Tesla vai demitir 7% da força de trabalho para cortar gastos

Empresa segue com problemas para conseguir apresentar resultados positivos, ter baixos gastos e vender bem o Model 3, seu modelo de sedã elétrico

Por Agências
Atualização:
Nos últimos meses a Tesla cortou os preços do Model 3 na China Foto: REUTERS/Stephen Lam

A fabricante de carros elétricos Tesla anunciou nessa sexta-feira, 18, que vai cortar 7% de sua força de trabalho – hoje estimada em torno de 45 mil funcionários – nos próximos meses. 

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O corte será feito para reduzir os custos da empresa, que tenta, ao mesmo tempo, produzir e vender versões mais baratas de seu sedã elétrico Model 3, tido como essencial pelos analistas para o futuro a curto prazo. Impactadas pela notícia, as ações da empresa fecharam o dia com queda de 12,97% na bolsa de valores Nasdaq nessa sexta-feira, 18. 

Em um memorando aos funcionários, o presidente executivo Elon Musk disse que a empresa precisaria entregar pelo menos uma versão "intermediária" do Model 3 nos mercados que a empresa opera até maio – a estratégia visa atingir mais consumidores e fazer a empresa ganhar escala. Além disso, ele disse que a empresa segue fazendo progresso para criar uma versão "de entrada" do Model 3. 

Musk tem estado sob pressão para estabilizar a produção do Model 3, um carro revelado em 2016 com grande balbúrdia. No entanto, a empresa tem tido problemas para entregar o carro para os consumidores – alguns deles esperam há três anos pelo veículo. No ano passado, Musk disse que a empresa saiu do "inferno da produção para ir ao inferno da logística". 

O corte de 7% dos funcionários é o segundo feito pela empresa em sete meses e acontece dias após os subsídio oferecido aos consumidores americanos para comprar veículos elétricos ser cortado pela metade. No memorando aos funcionários, Musk disse ainda que 2018 foi "o ano mais desafiador da história da Tesla", acrescentando que a empresa aumentou sua equipe em 30% na temporada – segundo ele, era mais do que a empresa poderia suportar. "Não há outro jeito, infelizmente." 

Musk disse ainda que a corrida por uma versão mais simples do Model 3 se torna mais intensa a partir de 1º de julho, quando o subsídio americano aos consumidores cai pela metade novamente, tornando os carros quase US$ 2 mil mais caros para o usuário final. No fim de 2019, esse subsídio chegará ao fim. 

Recall. Autoridades chinesas anunciaram nesta sexta, 18, que mais de 14 mil unidades do Model S sofrerão recall no país por conta de uma falha no sistema de airbags da fabricante Takata. No mundo, mais de 37 milhões de veículos de diferentes fabricantes, como Toyota e Ford, passarão por recall por utilizarem o componente da Takata. 

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O recall chinês da Tesla envolverá veículos produzidos entre fevereiro de 2014 e dezembro de 2016. Modelos mais novos do Model S, além do Roadster, do Model X e do Model 3 não foram afetados.   

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