Tim Cook diz que investigação é justa, mas descarta monopólio

Presidente da Apple falou nesta terça-feira, 4, sobre as possíveis investigações do governo federal americano; ações da Apple fecharam o dia em queda na segunda

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Por Agências
Atualização:
Tim Cook apresentou novidades da Apple durante seu evento para desenvolvedores, aWWDC Foto: Mason Trinca/Reuters

O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, negou que a empresa seja um monopólio. A declaração é uma resposta ao governo dos Estados Unidos, que se prepara para uma investigação sobre se a fabricante do iPhone e outros gigantes da tecnologia estão usando indevidamente seu poder de mercado.

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Em entrevista à CBS News que foi ao ar nesta terça-feira, 4, Cook disse que a Apple controlava uma parte moderada do mercado, concordou com investigação, mas discordou das declarações de alguns políticos dos EUA de que a empresa precisa ser desmembrada.

“Com tamanho, acho que o escrutínio é justo. Acho que devemos ser examinados”, disse ele. Mas ele acrescentou: "Eu não acho que alguém razoável chegue à conclusão de que a Apple é um monopólio".

Na segunda-feira, 3, fontes disseram à Reuters que as autoridades americanas se preparavam para lançar o que poderia ser uma ampla investigação com supervisão dividida entre a Comissão Federal de Comércio e o Departamento de Justiça. Os funcionários dos EUA ainda devem decidir se devem abrir investigações formais.

As ações da Apple e outros gigantes da tecnologia - Facebook Inc, Google, Alphabet Inc e Amazon.com - caíram na segunda-feira após a notícia da investigação. Suas ações subiram um pouco no pré-mercado na terça-feira.

As empresas de tecnologia têm enfrentado um maior escrutínio em uma série de questões, desde a privacidade e seu impacto nas eleições de 2016 até a publicidade e seus efeitos no mercado.

O presidente dos EUA, Donald Trump, pediu uma investigação mais detalhada das empresas de rede social e do Google, acusando-as, sem oferecer evidências, de suprimir publicações conservadoras. Ele também criticou repetidamente a Amazon, cujo presidente executivo, Jeff Bezos, é dono do The Washington Post, outro alvo da ira de Trump sobre sua cobertura jornalística dele e de sua administração.

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