Tim Cook diz que sistema tributário precisa ser reformulado
A Apple está recorrendo de uma ordem da Comissão Europeia que prevê que a empresa pague € 13 bilhões em impostos atrasados à Irlanda
20/01/2020 | 16h57
Por Agências - Reuters
O presidente-executivo da Apple também defendeu regulações na área de privacidade
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O presidente executivo da Apple, Tim Cook, defendeu a reformulação do sistema tributário corporativo nesta segunda-feira, 20, em evento em Dublin, na Irlanda. Ele disse que está “otimista” e acredita que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) vá chegar a um acordo sobre os tributos.
O crescimento de gigantes da internet, como a Apple, levou as regras tributárias internacionais ao limite. Atualmente, entretanto, estão sendo consideradas mudanças nas regras sobre impostos em questão.
As reformas em análise estão centradas na contabilização de lucros por multinacionais em países com baixos impostos, como a Irlanda, onde tais empresas possuem bases que não representam a maioria de seus clientes. Alguns órgãos defendem que este cenário configura uma evasão fiscal de multinacionais.
“É muito complexo saber tributar uma multinacional. Queremos desesperadamente que seja justo”, disse o presidente-executivo da Apple após receber um prêmio da agência estatal responsável por atrair empresas estrangeiras para o país que reconhece a contribuição das multinacionais na Irlanda.
A Apple está recorrendo de uma ordem da Comissão Europeia que prevê que a empresa pague € 13 bilhões em impostos atrasados à Irlanda.O governo irlandês também está tendo recorrer – afinal, a Apple é uma das maiores empregadoras da Irlanda, com seis mil funcionários no país.
O presidente-executivo da Apple também disse que é necessária mais regulamentação na área de privacidade e deve ir além das leis de privacidade do Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR) de 2018, que entregaram aos reguladores poderes significativamente maiores. “Fomos um dos primeiros a endossar a GDPR, achamos que é extremamente bom, não apenas para a Europa. Achamos que é necessário, mas não suficiente. Você precisa ir mais longe e isso é necessário para que a privacidade volte ao lugar em que deveria estar.”
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