Twitter expande testes para esconder respostas a tuítes

Ferramenta oferece aos usuários maior controle sobre as conversas na rede

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Por Redação Link
Atualização:
A nova ferramenta do Twitter passou pelos primeiros testes no Canadá Foto: AP/Matt Rourke

O Twitter expandiu para Estados Unidos e Japão os testes sobre a funcionalidade de esconder respostas (hide replies) para “oferecer às pessoas maior controle sobre as conversas que iniciam”. O anúncio ocorreu na quinta-feira, 19, no blog oficial da plataforma. Não há informação de quando estará disponível em outros países.

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A novidade consiste em decidir quais respostas aos tuítes serão mostradas em uma conversa, inclusive para outros usuários da rede social. Basta apertar no ícone de menu à direita do tuíte para escolher a opção, listada abaixo de outras já existentes, e excluir o conteúdo da visualização padrão. Até o momento, o Twitter permite apenas bloqueio de perfis, silenciamento de notificações para determinados termos e denúncias (reports) como forma de moderar as discussões.

Apresentada em fevereiro deste ano, a ferramenta passou pelos primeiros testes no Canadá, em julho, e se mostrou “útil contra respostas que dissuadiram a intenção original da pessoa”. Segundo o Twitter, a maioria das mensagens escondidas eram “irrelevantes, abusivas e inteligíveis” para os usuários — e cerca de 27% dos perfis que tiveram mensagens escondidas afirmaram que iriam “reconsiderar a forma como interagem com os outros”.

Ainda no início do ano, a gerente de produto sênior da companhia Michelle Yasmeen Haq explicou que nem sempre as ferramentas disponíveis hoje resolvem o problema. “Bloquear e silenciar só muda a experiência do ‘bloqueador’, enquanto reportar apenas funciona para conteúdos que violam nossos termos de uso”, escreveu no Twitter. Ela também disse que manter o conteúdo disponível, mesmo que fora da visualização padrão, permite que a audiência note quando a nova funcionalidade é usada apenas para esconder respostas que discordem da pessoa que criou a conversa.

O Twitter vem investindo em tecnologias para identificar conteúdo abusivo e contas robô, de acordo com Fernando Gallo, gerente de políticas públicas da empresa no Brasil. Em 2018, a companhia promoveu mudanças no algoritmo e removeu em torno de 143 mil aplicativos maliciosos, o que teria alavancado o número de usuários ativos em 9 milhões de pessoas. Ao lado de Instagram, YouTube e Facebook, a rede social também implementou testes para esconder de curtidas e outras informações relacionadas à popularidade como forma de estimular ambientes mais saudáveis.

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