Patinetes elétricos podem ser mesmo o novo filão do Uber. Nos últimos meses, a empresa de compartilhamento tem dito que quer integrar ainda mais seus serviços de caronas a bicicletas e patinetes elétricos. Nesta quinta-feira, a agência de notícias Bloomberg publicou nesta quinta-feira, 30, que o Uber começou a desenvolver seus próprios projetos de patinetes dentro de casa.
Segundo reportagem publicada pela agência de notícias Bloomberg, o desenvolvimento do novo modelo está sendo chefiado pela Jump Bikes, startup que o Uber adquiriu em abril por mais de US$ 100 milhões. O desenho e testes estão sendo feitos em um galpão de São Francisco, usado atualmente pela companhia para consertar carros autônomos e criar seus modelos de veículos voadores.
O projeto de um patinete elétrico totalmente desenvolvido pelo Uber, no entanto, ainda está em estágio inicial. Entre as dificuldades enfrentadas pela equipe de engenharia está construir um modelo durável e que esconda os cabos de freios – hoje, um dos principais problemas das startups de patinetes elétricos é lidar com vândalos que cortam os freios e assim, impossibilitam o uso dos veículos.
Por enquanto, a empresa vai continuar oferecendo o serviço com patinetes comprados na China e com a marca Jump. O aumento do interesse do Uber por esse novo mercado representa uma mudança drástica no pensamento da empresa. Ano passado, ainda na gestão de Travis Kalanick, a ideia de que a companhia se dedicasse a recursos a projetos de patinetes sequer era considerado.Dara Khosrowshahi, atual presidente da companhia, tem dito que o Uber é uma empresa de transporte e que, por isso, não vai limitar ao serviço de compartilhamento de carros.
Concorrência. Outro fator que reforça o apetite do Uber pelo novo modelo de transporte é o crescimento do mercado de patinetes elétricos. Empresas como a californiana Bird, criada por um ex-funcionário do Uber, tem conquistando altas rodadas de investimentos e já são avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. O mesmo acontece com a principal concorrente, a Lime, que possui entre investidores o próprio Uber.
Uma das dificuldades para as companhias é a falta de regulamentação nas cidades para o transporte de patinetes elétricos, mas situação não é exclusividade dos Estados Unidos. No Brasil, empresas como a Yellow, Ride e Scoo estão aguardando aprovação de reguladores locais ou fazendo testes para operarem. Aqui, o Uber ainda não tem previsão de atuar, mas não descarta a ideia de trazer o meio de transporte em breve.