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'Uber de helicópteros', Voom quer alçar novos voos após teste em São Paulo

Operada pela A3, da companhia francesa Airbus, a Voom chegou na cidade em abril e já planeja expansão nacional e na América Latina

17/07/2017 | 05h00

  •      

 Por Matheus Mans - O Estado de S.Paulo

Aplicativo permite agendar voos de helicóptero com apenas uma hora de antecedência 

GABRIELA BILO / ESTADAO

Aplicativo permite agendar voos de helicóptero com apenas uma hora de antecedência 

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Mesmo tendo a segunda maior frota de helicópteros do mundo, a cidade de São Paulo viu a crise atingir o setor de táxi aéreo no último ano, com metade das empresas fechando seus hangares. Aproveitando este momento e vendo uma oportunidade de popularizar o transporte, o serviço Voom chegou à cidade em abril oferecendo voos sob demanda por preços baixos. Agora, a companhia já começa a ver os primeiros resultados e a alçar novos voos no Brasil e América Latina.

Operada pela A3, braço da companhia francesa Airbus, a Voom tenta resolver dois problemas de táxis aéreos: tempo e dinheiro. “A Voom permite reservar uma viagem de helicóptero online, sem chamadas telefônicas, até uma hora antes do momento da partida”, explica a presidente executiva da empresa, Uma Subramanian, ao Estado. “Por termos capacidade de compartilhamento, a Voom oferece voos acessíveis, com preços até 80% mais baratos do que serviços tradicionais.”

Em testes realizados pela reportagem, um voo de helicóptero foi realizado entre a Avenida Brigadeiro Faria Lima, na região sul da cidade, e o Aeroporto Campo de Marte, na região norte. Agendado poucas horas antes da partida, o voo durou dez minutos, levou 10 minutos e teve um custo total de R$ 352, com taxas. Em outras empresas de táxi aéreo tradicionais, o mesmo percurso teria um valor acima de R$ 1,6 mil e, em algumas empresas consultadas pela reportagem, até R$ 10,5 mil.

“Aplicativos para táxi aéreo indicam uma tentativa de popularização desses serviços”, afirma o especialista em setor aéreo e advogado especializado em aviação do escritório Machado Meyer, Fabio Falkenburger. “Mas precisa ver até que ponto este tipo de serviço pode ser considerado de entrada para novos públicos. Afinal, continua sendo uma coisa muito cara e para fins muito específicos, como viagens de negócios ou alguma reunião que é marcada de última hora.”

A Voom parece feliz com os seus resultados, que foi a cidade escolhida para ser a primeira a receber o serviço no mundo. Mesmo sem revelar os números de voos ou resultados financeiros por questões estratégicas, a empresa já se mostra otimista com as perspectivas: em breve, deve expandir serviços para Rio de Janeiro e Belo Horizonte e em cidade da região norte e nordeste posteriormente. No resto do mundo, a próxima parada da Voom é em setembro, na Cidade do México.

“A Voom quer desenvolver conceitos radicais para aliviar o congestionamento urbano”, diz Uma, quando questionada sobre os próximos passos da empresa. “Acreditamos que a mobilidade aérea urbana, começando com um serviço de helicóptero sob demanda, deve ser acessível às pessoas nas cidades mais congestionadas do mundo. Agora, nós estamos empenhados em fazer com que São Paulo funcione e aperfeiçoe nosso serviço, indo para a América Latina e além.”

Para especialistas de mercado, a estratégia de voos sob demanda é arriscada, mas pode funcionar. “Até o Uber já fez testes de serviços sob demanda”, afirma o especialista Fabio Falkenburger. “Este é um tipo de tecnologia que muitas empresas já estão de olho, mas precisa ter um grande volume de voos. Afinal, elas conseguem fazer passagens mais baratas quando usam um helicóptero para dezenas de voos em um único dia. Se ela tiver muitos usuários, o sistema vai funcionar.”  

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