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Uber estreia na Bolsa com valor das ações abaixo da meta

Depois de 10 anos como empresa privada, Uber estreia com preço das ações em US$ 42; na noite de quinta, companhia tinha determinado valor em US$ 45

10/05/2019 | 12h57

  •      

 Por Bruno Romani - O Estado de S. Paulo

Uber estreou na bolsa com protesto nesta sexta, 10 

Andrew Kelly/Reuters

Uber estreou na bolsa com protesto nesta sexta, 10 

Leia mais

  • Presidente do Uber olha para o futuro, mas o passado ainda incomoda
  • Uber chega à Bolsa com valor bilionário, mas motoristas têm pouco a celebrar
  • Ações do Uber custarão US$ 45 e empresa deve atingir valor de US$ 82,4 bi

A jornada de 10 anos do Uber como empresa privada acabou nesta sexta, 10. A corrida da empresa agora é como uma empresa pública, com ações negociadas na Bolsa de Nova York.  A estreia foi por volta das 12h50, com ações negociadas em torno de US$ 42, abaixo da meta da empresa - 33 milhões de ações foram negociadas nos primeiros minutos.

Na noite de quinta, 9, a empresa determinou o preço das ações em US$ 45 cada, próximo ao mínimo de sua meta que era de US$ 44 a US$ 50, e colocou à venda 180 milhões de ações. Dessa maneira, o Uber levantou US$ 8,1 bilhões, o que coloca o IPO  como o maior desde a do Facebook, em 2013. Os números colocaram o valor da companhia em US$ 82,4 bilhões. Com a estreia em US$ 42, o Uber é o primeiro unicórnio, startup com valor  de US$ 1 bilhão, a estrear com valor abaixo do seu preço de IPO.  

Na tradicional cerimônia de abertura, na qual executivos tocam o sino, estava Dara Khorsowshahi, presidente da empresa desde 2017, e, para desgosto de executivos e investidores da empresa, era observado das galerias da bolsa de Nova York por Travis Kalanick, o fundador da companhia. 

Kalanick foi obrigado a deixar o comando da empresa após uma série de escândalos, incluindo acusações de instaurar uma cultura machista na empresa de assédio moral e sexual. Ele também leva a fama por ser o mentor  da postura agressiva, de iniciar operações em diferentes cidades ignorando legislações locais, o que gerou muito atrito entre governos e empresa, principalmente em seus primeiros anos de atividade - ainda hoje, a companhia gasta cada vez mais com lobby, atividade legalizada nos EUA: em 2018, a companhia investiu US$ 2,3 milhões apenas na esfera federal dos EUA, segundo registros do senado do país.  

No novo caminho, o Uber tem uma equação complicada para resolver. Por um lado, ela precisa mostrar que seu negócio é sustentável e que pode gerar lucro, algo ainda inédito em sua história.  Somente nos primeiros três meses do ano, ela perdeu US$ 1,1 bilhão, segundo seus próprios dados. Em entrevista à CNBC, nesta sexta, Khorsowshahi disse que imagina que 2019 seja o "pico de perdas" da companhia. 

Confira a estreia do Uber na Bolsa

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Abertura de capital

Foto: Don Emmert / AFP

O aplicativo de transporte Uber, fundado em 2009, estreou na Bolsa de Valores de Nova York nesta sexta-feira, 10.

Venda das ações

Foto: Spencer Platt/AFP

A estreia foi por volta das 12h50, com ações negociadas em torno de US$ 42, abaixo da meta da empresa.

Protestos

Foto: Andrew Kelly/Reuters

Houve protestos na frente da Bolsa de Valores de Nova York na manhã desta sexta-feira, 10. Durante toda a semana, motoristas do Uber ao redor do mundo protestaram contra a abertura de capital da empresa, exigindo melhores condições de trabalho.

IPO

Foto: Brendan McDermid/Reuters

Cerca de 33 milhões de ações do Uber foram negociadas nos primeiros minutos da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês)

Começo lento

Foto: Andrew Kelly/Reuters

Com a estreia em ações vendidas a US$ 42, o Uber é o primeiro unicórnio, startup com valor  de US$ 1 bilhão, a estrear com valor abaixo do seu preço de IPO.

Presença indesejada

Foto: Andrew Kelly/Reuters

Travis Kalanick, fundador do Uber, esteve presente na cerimônia de abertura capital, nas galerias da bolsa de Nova York

Escândalos

Foto: Brendan McDermid/Reuters

Kalanick foi obrigado a deixar o comando da empresa em 2017 após uma série de escândalos, incluindo acusações de instaurar uma cultura machista na empresa de assédio moral e sexual.

Patrão

Foto: Andrew Kelly

Dara Khosrowshah, presidente executivo do Uber, esteve na tradicional cerimônia de abertura, na qual executivos tocam o sino.

Desafios

Foto: Brendan McDermid/Reuters

Agora o Uber tem um novo caminho a seguir: o de uma empresa pública. A companhia tem uma equação complicada para resolver. Por um lado, ela precisa mostrar que seu negócio é sustentável e que pode gerar lucro, algo ainda inédito em sua história.

Para financiar suas operações, a empresa contou com o investimento do capital de risco. Segundo o Crunchbase, desde a fundação o Uber já recebeu US$ 24 bilhões em aportes. Entre a lista de investidores estão o Paypal, Google Ventures, Jeff Bezos, Softbank e Baidu - até Shawn Fanning, fundador do Napster, o pioneiro programa para compartilhar ilegalmente arquivos de MP3, investiu na companhia em seus primeiros anos.  

Por outro lado, o Uber enfrenta pressões para melhorar as condições dos motoristas, que ajudaram a tornar a empresa a se tornar gigante global. Nesta semana, motoristas protestaram em diversas cidades do mundo, incluindo no Brasil, pedindo por uma fatia maior nos repasses das tarifas. Analistas avaliam que é possível que a empresa aumente o valor das corridas, mas que isso pode resultar em perda de espaço para concorrentes locais, como Lyft (EUA) e 99 (Brasil).  Houve protesto também em frente à Bolsa de Nova York nesta sexta. Só no Brasil, apps como Uber e iFood empregam mais de 4 milhões de pessoas. 

O dilema para gerar lucro, e a ausência de um caminho claro para que isso aconteça, fez alguns analistas compararem a chegada do Uber à bolsa com a venda de ações de empresas da era da bolha da internet, no final dos anos 1990, o que inclui nomes hoje tradicionais, como Google e Amazon, e fracassos retumbantes como o Pets.com. A diferença, apontam, é que o Uber e outros unicórnios atuais passaram mais tempo como companhias privadas para definir que caminho devem seguir. Recentemente, a companhia já afirmou que estima perdas durante anos, e que pretende se estabelecer como uma "espécie de Amazon": uma plataforma tecnológica diversificada: além das caronas, ela foca em entrega de comida, bicicletas, patinetes elétricos e carros autônomos.

Hoje, umas das companhias mais valiosas do mundo, a Amazon demorou a reverter lucro. O Uber espera o mesmo destino antes que seus motoristas cancelem a corrida.  

25 fatos sobre a história do Uber

  •      
Lançamento

Foto: Jack Atley/The New York Times

O aplicativo de transporte Uber foi lançado em março de 2009 em São Francisco, nos Estados Unidos, sob o nome de UberCap. Os dois empreendedores por trás da ideia inicial da empresa são Travis Kalanick e Garrett Camp.

Primeira viagem

Foto: Lucy Nicholson/Reuters

Inicialmente, apenas carros pretos eram cadastrados no aplicativo. A primeira vez que um usuário pegou carona em um UberCap foi em 5 de julho de 2010. Nessa época, o serviço custava cerca de 1,5 vezes mais que um táxi – os usuários pagavam pelo conforto de pedir um carro apenas apertando um botão e mandando uma mensagem.

Mudança

Foto: Chris J. Ratcliffe/Bloomberg

Em outubro de 2010, o Uber recebeu uma rodada de investimento de US$ 1,25 milhões. No mesmo período, o Uber tirou do seu nome a palavra “cap” (táxi, em tradução do inglês).

Liderança

Foto: Lucas Jackso/Reuters

Travis Kalanick assumiu como presidente executivo do Uber em dezembro de 2010. Até então, quem ocupava o cargo era Ryan Graves.

Aporte

Foto: Adnan Abidi/Reuters

Em fevereiro de 2011, o Uber fechou uma rodada de investimento de US$ 11 milhões, o que fez a empresa ser avaliada em US$ 60 milhões.

Expansão

Foto: Tyrone Siu/Reuters

O Uber lançou seu aplicativo em Nova York em maio de 2011. Em dezembro do mesmo ano, a empresa começou a se internacionalizar, começando pelo mercado francês, em Paris.

Aposta

Foto: Andrew Kelly/Reuters

Em 2011, o bilionário Jeff Bezos, fundador da Amazon, aposta no Uber. Ele liderou uma rodada de investimento de US$ 32 milhões, juntamente com o Menlo Ventures e o Goldman Sachs.

Popularização

Foto: Hannah McKay/Reuters

Foi em 2012 que o Uber ficou conhecido pelo seus preços baixos, com a criação do Uber X. O serviço fez o preço das corridas diminuírem cerca de 35% em comparação com os carros pretos iniciais da empresa.

Mais investimento

Foto: Arnd Wiegmann/Reuters

Em 2013, a empresa recebeu um investimento de US$ 258 milhões do Google Ventures – depois disso, o Uber passou a ser avaliado em US$ 3,76 bilhões.

Viagens compartilhadas

Foto: Edu Beyer/NYT

A partir de 2014, usuários começaram a compartilhar seus trajetos com outras pessoas, por meio do serviço Uber Pool.  

Brasil

Foto: Chris Ratcliffe/Bloomberg

Junto com a Copa do Mundo de 2014, o Uber chega ao Brasil.

UberEats

Foto: Simon Dawson/Reuters

Em 2015, o Uber expande sua atuação para além das caronas: é lançado o UberEats, aplicativo de entrega de comida. Inicialmente, o serviço começou a operar nas cidades de Barcelona, Chicago, Nova York e Los Angeles. 

Briga

Foto: Kai Pfaffenbach/Reuters

Os primeiros protestos violentos de taxistas contra o Uber aconteceram na França, em junho de 2015.

Crescimento

Foto: John Taggart/Reuters

Em dezembro de 2015, o Uber atingiu a marca de um bilhão de viagens.

Tchau!

Foto: Lucy Nicholson/Reuters

O Uber e seu aplicativo rival Lyft são obrigados a sair da cidade de Austin, no Texas, em maio de 2016. Isso porque os legisladores locais votaram por exigir os antecedentes dos motoristas.

Recorde

Foto: Danish Siddiqui/Reuters

Em julho de 2016, o Uber atinge a marca de duas bilhões de corridas ao redor do mundo.

Polêmica

Foto: Adnan Abidi/Reuters

Em 2016, Travis Kalanick aceitou um cargo na equipe de conselheiro econômicos de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos. A decisão gerou retaliação de usuários contrários ao governo, que criaram a campanha #DeleteUber. Em apenas alguns dias, o app foi desinstalado por 200 mil pessoas.

Assédio

Foto: Damien Maloney/The New York Times

O ano de 2017 foi marcado por polêmicas. Tudo começou quando a ex-funcionária do Uber Susan Fowler denunciou em seu blog que um gerente na empresa usou um software de bate-papo interno para tentar "fazer com que ela fizesse sexo com ele". Depois das alegações de Susan, as denúncias de outras mulheres aumentaram.

Pode entrar, Dara Khosrowshahi

Foto: Amanda Perobelli/Estadão

Em junho de 2017, Travis Kalanick renunciou ao cargo após uma série de escândalos vir à tona, incluindo denúncias de assédio sexual de ex-funcionárias da empresa e de uso de software para enganar autoridades e concorrentes. Dara Khosrowshahi herdou o cargo.

SoftBank

Foto: Toru Hanai/Reuters

No começo de 2018, o Uber vendeu US$ 9,3 bilhões em ações ao grupo japonês SoftBank.

Acidente com carro autônomo

Foto: AP

Um acidente fatal envolvendo um veículo autônomo do Uber mata uma mulher em Tempe, no Arizona, nos Estados Unidos, em março de 2018. De acordo com a polícia de Tempe, Rafaela Vasquez, motorista que acompanhou o teste de direção autônoma dentro do carro durante o acidente, assistia a um episódio do programa “The Voice” pelo celular no momento do atropelamento. 

Bicicletas elétricas

Foto: Krisztian Bocsi/Bloomberg

Em abril de 2018, o Uber comprou a startup de bicicletas elétricas Jump. Com o feito, a empresa entrou no mercado de aluguel de bicicletas elétricas na Europa, começando pela Alemanha.

Patinetes

Foto: Paul Hanna/Reuters

Seguindo na sua estratégia de ir além dos carros, em julho de 2018 o Uber liderou uma rodada de US$ 335 milhões recebida pela startup de patinetes Lime. 

Mercado brasileiro

Foto: Gabriela Biló/Estadão

São Paulo se torna em 2018 a cidade com mais corridas do Uber no mundo

Estreia na Bolsa

Foto: Kate Munsch/Reuters

O Uber faz sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de Nova York, Nasdaq, em maio de 2019. Motoristas ao redor do mundo protestam contra a venda das ações da empresas, pedindo melhores condições de trabalho.

    Tags:

  • Uber
  • Lyft

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