UE volta a debater criação de imposto contra empresas de tecnologia

Países do bloco querem que taxa comece a ser cobrada ainda este ano; indecisão sobre valores ainda é principal entrave para o tributo

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Por Agências
Atualização:
União Europeia planejacriar tributo contra empresas de tecnologia ainda em 2018 Foto: Jasper Julinen/Bloomberg

A União Europeia vai discutir ainda nessa semana propostas para adotar um novo imposto sobre o faturamento das empresas de tecnologia. Se os países do bloco entrarem em um acordo do valor a ser cobrado, a expectativa é que a nova taxa comece a ser aplicada ainda este ano.

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O principal embate é sobre como as empresas serão tributadas. Países menores como Luxemburgo e Irlanda pedem que a forma de cobrar seja estipulada numa reforma global de tributação digital, cuja discussão já demora anos. Já países como França e Itália querem uma solução mais rápida, com a aplicação de um imposto de 3% sobre as receitas digitais de grandes empresas de tecnologia.

A falta de acordo pode acarretar em uma decisão unilateral, o que poderia enfraquecer as penalidades contra as empresas. Em um documento enviado a União Europeia, o governo da Áustria pede que os países pensem em uma “abordagem uniforme” para fortalecer a tributação. Segundo eles, 11 dos 28 estados da União Europeia já estão considerando adotar suas próprias medidas se o não adotar uma medida comum.

Na frente. Até agora, a principal proposta da Comissão prevê aplicação de taxa às empresas com um volume de negócios anual e global de 750 milhões de euros e as receitas geradas na UE de pelo menos 50 milhões de euros por ano.

Cerca de 200 companhias se enquadram no escopo do novo imposto proposto pela Comissão, estimando receitas anuais adicionais de cerca de US$ 5 bilhões aos cofres da União Europeia.

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