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Vale do Silício se despede de 2015 com cofres cheios

Com recorde de vendas do iPhone, Apple fecha o ano com US$ 200 bilhões em conta corrente e no posto de empresa mais valiosa do mundo

Por Agências
Atualização:

Reuters

 

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As gigantes do Vale do Silício despedem-se de 2015 com os cofres cheios, após um ano de lucro recorde impulsionado por uma aceleração tecnológica que promete se intensificar em 2016.

O principal expoente do setor é a Apple que, com o recorde de vendas do iPhone, fecha o ano com US$ 200 bilhões em conta corrente e no posto de empresa mais valiosa do mundo por valor de mercado.

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Outro titã do Vale do Silício, o Google, também termina o ano em boa forma, com cerca de US$ 70 bilhões e uma ambiciosa lista de projetos em andamento, entre eles o dos veículos sem motorista e o plano de levar a internet a regiões remotas do planeta por balões aerostáticos.

O Facebook fecha o ano com a propaganda a todo o vapor e novas metas alcançadas, como a de ter superado a marca de um bilhão de usuários ativos diários pela primeira vez e ser uma plataforma cada vez mais usada em dispositivos móveis.

Em geral, 2015 foi um ano de aceleração tecnológica no qual os dispositivos móveis aumentaram seu protagonismo e a aposta pelos veículos sem motorista do Google ou os carros elétricos da Tesla impulsionaram a inovação na indústria.

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Continuaram os avanços da automatização, da robótica, da inteligência artificial, dos drones, da realidade virtual e da conquista do espaço. O mundo também presenciou o aumento da importância da “internet das coisas”, os objetos conectados à web.

No setor automobilístico se destacaram os veículos autônomos (sem motorista) do Google, cuja presença é cada vez mais visível na cidade californiana de Mountain View, onde fica a sede da empresa, assim como o lançamento do Tesla 4×4 Model X, que segundo a empresa prova que “qualquer tipo de automóvel pode ser elétrico”.

Montadoras automobilísticas como a Audi também passaram a investir em carros sem motorista e alcançaram uma velocidade recorde para um veículo-robô com o Audi RS 7, que chegou a 239 km/h.

Outro ponto que evoluiu foi a relação entre veículo e smartphone, com destaque para o sistema operacional Android para carros. O Android Auto usa comandos de voz para fazer ligações, selecionar música e obter instruções sobre como chegar a um determinado endereço. Como auxílio, os mapas do Google oferecem informações sobre o trânsito e sugestões sobre as melhores rotas ao motorista.

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Os robôs, enquanto isso, começaram a sair das fábricas para fazer parte da vida cotidiana, onde os especialistas afirmam que sua presença será cada vez mais comum.

“A última tendência é que os robôs estão saindo das fábricas e estamos começando a vê-los em casas, empresas, hotéis”, disse Rich Mahoney, diretor de robótica do SRI International, um dos centros de pesquisa mais conhecidos do Vale do Silício.

Mahoney acredita que em aproximadamente cinco anos será comum ver robôs servindo comidas e bebidas, assim como humanoides que limpam a casa, esvaziam grandes lixeiras e jogam tênis com seus proprietários.

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Vários hotéis do Vale do Silício já utilizam o Relay, um pequeno robô que entrega comida, pasta de dente, toalhas e outros objetos nos quartos dos clientes.

Em meio à vontade de diversas empresas de tornar o turismo espacial uma realidade, a maior referência no momento é a Blue Orbit, propriedade do fundador da Amazon, Jeff Bezos, que conseguiu fazer com que um foguete suborbital aterrissasse com sucesso na plataforma de lançamento em novembro, o que mantém a esperança de que esse tipo de veículo não seja perecível.

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A área de internet das coisas também continuou a avançar e, com ela, a automatização do lar, com a possibilidade de controlar o ar condicionado ou até mesmo a fechadura da porta pelo celular.

O ano de 2015 também vivenciou o renascimento do relógio de pulso, reencarnado em uma versão mais inteligente como o Apple Watch, com conexão à internet e capacidade para fazer ligações, medir o batimento cardíaco e enviar e-mails.

As empresas de “economia compartilhada”, como a de transporte urbano Uber e a de aluguéis Airbnb, continuaram a ganhar clientes e investimentos apesar dos vários impasses com a lei em diversos lugares.

Em tempos de bonança, o Vale do Silício concretizou sua liderança como meca tecnológica mundial, um centro que atrai não apenas empreendedores, mas também chefes de Estado de todo o planeta.

Entre os líderes que passaram pela Califórnia neste ano estão a presidente Dilma Rousseff; o presidente japonês, Shinzo Abe, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

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“A Califórnia é um dos últimos lugares do mundo onde o sol se põe, mas o primeiro em que a novas ideias veem a luz do dia”, disse Modi em setembro durante sua passagem pela região.

/EFE

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