Venda de PCs cai 35% no Brasil em pior trimestre de 2016

De acordo com o estudo da IDC Brasil, foram vendidas pouco mais de 1 milhão de máquinas entre os meses de julho e setembro

PUBLICIDADE

Foto do author Matheus Mans
Por Matheus Mans
Atualização:
 Foto:

O mercado brasileiro de PCs voltou a apresentar queda e chegou ao pior trimestre de 2016, de acordo com estudo divulgado pelaconsultoria IDC nesta quinta-feira, 1. De acordo com o estudo, foram vendidas pouco mais de 1 milhão de máquinas entre os meses de julho e setembro — número 35% menor que o mesmo período de 2015 e 11% menor em relação ao segundo trimestre de 2016. 

PUBLICIDADE

“O mercado brasileiro de PCs no País está canibalizado", explica o analista de pesquisa da IDC Brasil,Pedro Hagge, por meio de nota. "É cada vez mais comum que o consumidor prefera um celular com uma configuração robusta e boa qualidade de navegação a um computador.Era previsto um terceiro trimestre aquecido, com o varejo abastecendo os estoques para as datas especiais como Back Friday e Natal, mas esse movimento não aconteceu.”

Segundo o estudo, do total de unidades vendidas, 373 mil eram desktops e 674 mil era notebooks, com quedas de vendas de 39% e 32%, respectivamente, em relação ao terceiro trimestre de 2015. 

Do total de PCs vendidos no período, 366 mil foram para o mercado corporativo e 681 mil para o consumidor final. Os números representam quedas de 26% e 38%, respectivamente, em relaçãoao mesmo período de 2015. “Empresas privadas estão adiando investimentos e a compra de computadores e o setor público está travado, devido às eleições, troca de governos, gestões endividadas e outros problemas políticos e econômicos. Não há expectativas de melhoras para os próximos meses”, completa o analista da IDC. 

Ainda de acordo com o estudo da IDC, os computadores ficaram R$ 105 mais baratos no terceiro trimestre. “O ticket médio no período foi de R$ 2.334, ou seja, 4% a menos do que nos meses de julho, agosto e setembro de 2015, quando o mercado trabalhava com o dólar mais alto”, finaliza Hagge.

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.