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Venezuela limita vendas do site Mercado Livre

Governo vai aplicar no site sua política de controle de inflação para evitar comercialização de bens escassos a preços maiores

Por Agências
Atualização:

Reprodução

 

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O slogan “encontre o que você está procurando”, que se lê no conhecido site latino-americano de comércio eletrônico Mercado Livre, não será mais tão verdadeiro na Venezuela.

O governo do país, que mantém um sistema duro de controle de câmbio e preços, decidiu estender sua regulação ao portal líder de comércio eletrônico da região, com a intenção de evitar que se comercializem bens escassos entre pessoas a preços maiores.

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As autoridades venezuelanas ordenaram que o portal limite suas vendas de determinados produtos no país, informou o vice-presidente, Jorge Arreaza, em comunicado.

No Mercado Livre da Venezuela, os venezuelanos ainda têm a opção de oferecer ou conseguir, sem restrições, desde remédios a até baterias para automóveis, produtos escassos na nação petrolífera desde que suas importações encolheram com a redução da receita gerada com a venda de petróleo. A commodity é fonte de pelo menos 90 por cento das divisas que ingressam no país.

Mas o governo venezuelano ordenou aos proprietários do site que impeçam a compra e venda de pneus, baterias, medicamentos e alguns bens que têm seus preços regulados por órgãos oficiais, informou Arreaza.

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“Se não regularmos, como temos que fazer, para proteger o povo e evitarmos mercadores falsos, especulação… não haverá possibilidade desse tipo de instrumento existir na Venezuela”, disse Arreaza, ao fazer o anúncio sobre a companhia de comércio eletrônico sediada na Argentina.

O vice-presidente ainda informou que os porta-vozes da companhia “manifestaram disposição e compromisso para cumprir com as normas”, e por isso, já estabelecem filtros para as transações que lá se realizam.

Representantes do Mercado Livre não comentaram o assunto de imediato.

/REUTERS

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