WeWork corta 'poderes' do fundador antes de estreia na Bolsa

Entre as medidas anunciadas estão a redução do poder de voto por ações e a proibição de membros da família no conselho da companhia

PUBLICIDADE

Por Redação Link
Atualização:
WeWork cortou poderes do seu fundador 

A empresa de escritórios compartilhados WeWork deu mais alguns passos em direção à estreia na Bolsa. Na manhã desta sexta, 13, a companhia anunciou que listará suas ações na Nasdaq - a data ainda não foi oficializada, mas pode ocorrer ainda no mês de setembro. Mais importante do que isso, a empresa anunciou que vai cortar os poderes do fundador da empresa, Adam Neumann. 

PUBLICIDADE

Entre as medidas anunciadas estão: redução do poder de voto por ações, de 20 votos por 10 votos por ação - esse número cai para um caso Neumann seja permanente incapacitado ou morra; limite de 10% do total de ações que Neumann pode vender no segundo e terceiro anos após a oferta inicial de ações (IPO); devolução à WeWork de qualquer lucro que Neumann obtenha em transações imobiliárias com a companhia; e a proibição de membros da família de Neumann no conselho da companhia. 

A WeWork disse que ouviu o recado do mercado para adotar as medidas. Apesar de caminhar para um dos maiores IPOs do ano, a liderança de Neumann vive sob desconfiança. Quando apresentou os documentos junto à Securities and Exchange Comission (SEC), a WeWork revelou que teve prejuízo de US$ 1,9 bilhão em 2018, número maior que o US$ 1,8 bilhão o apresentado pelo Uber antes de se tornar uma empresa de capital aberto. Mostrou também que nos primeiros seis meses de 2019, o prejuízo da companhia somou US$ 904 milhões, aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. 

No começo do mês, a WeWork reduziu o valor que buscará no IPO para pouco mais de US$ 20 bilhões, menos da metade dos US$ 47 bilhões alcançados em uma rodada de captação de recursos em janeiro. Essa informação também foi mal recebida por investidores e agentes do mercado. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.